Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS PÓS CESÁREA: ESTUDO DE CASO
Relatoria:
Cicera Brena Calixto Sousa Borges
Autores:
- Erika Verissimo Dias Sousa
- Reginaldo Soares Lima
- Hellen Magalhães Pedrosa Rocha
- Flávia Vasconcelos Teixeira
- Jandira Márcia Sá da Silva Cordeiro
- Elaine Meireles Castro Maia
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Estudo de caso
Resumo:
Introdução: Hemorragia pós parto (HPP), constitui uma das complicações puerperais mais comuns, sendo esta decorrente das mudanças fisiológicas e da própria condição de parto. No ano de 2021, no Brasil, ocorreram 2.946 óbitos maternos relacionados há causas maternas diretas, sendo a hemorragia responsável por 199 (7%) dos casos de morte materna. A HPP caracteriza-se pela perda sanguínea acima de 500 ml após parto vaginal ou 1000 ml após parto cesáreo nas primeiras 24 horas ou qualquer perda sanguínea vaginal capaz de causar instabilidade hemodinâmica. Objetivos: Relatar caso de uma puérpera com complicações pós-cesárea. Metodologia: Estudo de caso, realizado em uma maternidade do Ceará, de outubro a novembro de 2022. Dados coletados no prontuário, respeitados os princípios éticos, comitê de ética: 1.899.089. Resultados: Multigesta, 35 anos, 37 semanas de gestação, submetida a cesárea. No pós-operatório imediato, apresentou mal estar súbito, seguido com parada cardiopulmonar (PCR) e após nove ciclos de reanimação, foi transferida de um hospital de menor complexidade para admissão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desta maternidade. Devido a instabilidade hemodinâmica e sem condições de transporte, foi submetida na própria UTI à laparotomia exploradora para limpeza da cavidade sem identificação de foco de sangramento ativo. Evoluiu com choque hipovolêmico grave e insuficiência renal e foi mantida em ventilação mecânica e uso de drogas vasoativas em doses elevadas. Iniciou hemodiálise, antibioticoterapia e necessitou de traqueostomia. Após vinte dias de internação na UTI, em acompanhamento multidisciplinar, foi reabilitada e decanulada e recebeu alta da UTI para continuidade de tratamento na enfermaria. Conclusões: Observa-se a necessidade de um olhar atento para possíveis complicações, entendendo que, quanto antes intervenções sejam aplicadas, maiores as chances de prognóstico favorável. A equipe deve estar alinhada no plano de cuidados desses pacientes, o que só é possível através de estratégias de capacitação permanente.