INTRODUÇÃO: É bem conhecido o fato de que as mulheres fazem maior uso dos serviços de saúde do que os homens e que a prática do (auto) cuidado está muito mais vinculada à identidade feminina do que à masculina. O mesmo também ocorre para as mulheres com deficiência, porém poucos são os estudos que trazem evidências sobre os comprometimentos da saúde dessas mulheres. OBJETIVO: Descrever a satisfação de mulheres com deficiência durante o atendimento de enfermagem nos serviços de saúde. MÉTODOS: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2022 a fevereiro de 2023. A amostra do estudo foi constituída por mulheres de três instituições educacionais, uma de referência para cegos, outra para pessoas surdas e a outra para pessoas com deficiência física. Foi utilizado o Instrumento de Satisfação do Paciente (ISP), com o objetivo de mensurar a satisfação do paciente com os cuidados de enfermagem. É constituído de 25 itens agrupados em três domínios: Profissional, Educacional e Confiança. Estes itens são representados numa escala de medida do tipo Likert, sendo que, quanto maior a pontuação, maior o nível de satisfação. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) com o número do parecer:5.361.629. RESULTADOS: A amostra do estudo foi composta por 70 participantes, das quais 21 (30%) com deficiência física, 29 (41,4%) com deficiência visual e 20 (28,6%) deficiência auditiva, com idade média de 42,48 variando de 18 a 72 anos. Entre os domínios do instrumento, as médias foram: Profissional (3,30), Confiança (2,75) e Educacional (2,69). O Domínio Educacional se representou com menor índice de satisfação das participantes. Percebe-se que as médias mais baixas dos itens foram apontadas pelas participantes com deficiência visual e auditiva. O domínio Educacional que trata de situações relacionadas às atitudes do enfermeiro frente ao paciente, foi o que apresentou as médias mais baixas. CONCLUSÃO: Indicou-se um bom índice de satisfação com os cuidados prestados pela equipe de Enfermagem às PcD, porém quando comparado a estudos realizados com pessoas sem deficiência, os valores dos índices de satisfação se apresentaram inferior, mesmo ambos indicando satisfação da população estudada.