A higienização das mãos é uma medida essencial no combate às infecções hospitalares, sendo considerada a mais importante e eficaz na prevenção e controle de infecções. Trata-se de uma intervenção rotineira, padronizada, de baixo custo e respaldada por forte embasamento científico. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de atividades educativas para os acompanhantes da oncologia pediátrica, enfocando a importância da prevenção de infecções. Foi realizado um relato de experiência em forma de pesquisa descritiva, que consistiu em conversas individuais com os acompanhantes da Ala de Oncologia Pediátrica do HUAC em abril de 2022. O intuito dessas conversas foi enfatizar a importância da lavagem das mãos na prevenção de infecções hospitalares, assim como alertar sobre os riscos do uso de adornos. Para isso, foi utilizado um material previamente preparado, contendo informações sobre a forma correta de lavar as mãos e os perigos associados ao uso de adornos. Durante o período de estágio, foi observado que muitos acompanhantes não realizam a lavagem das mãos sempre que necessário para ter contato físico com o paciente, além de fazerem uso de adornos e objetos compartilhados, o que representa um risco para os pacientes oncológicos, que são imunodeprimidos e mais suscetíveis a infecções. Nesse contexto, também foi abordado o risco de infecção pelo uso frequente do celular, pois trata-se de um objeto compartilhado, enfatizando a necessidade de higienização adequada do dispositivo. Além disso, ressaltou-se a importância de observar a conduta dos profissionais durante a assistência ao paciente. Durante a explicação sobre o tema abordado, os acompanhantes demonstraram grande interesse em identificar e prevenir os riscos de infecções em seus filhos. Surgiram várias dúvidas, que foram prontamente esclarecidas, e as mães mostraram mais interesse em buscar o material disponibilizado no posto de enfermagem. Apesar de ser um assunto amplamente abordado em todos os hospitais, observamos uma resistência significativa em relação ao não uso de adornos e à lavagem das mãos, tanto por parte dos acompanhantes quanto dos profissionais. Portanto, consideramos de suma importância a realização de processos de capacitação como esse, visando conscientizar todas as pessoas que têm contato direto ou indireto com os pacientes.