INTRODUÇÃO: O acesso e garantia de uma saúde integral é variada entre os diversos grupos sociais. Nesse contexto, a população LGBTQIAP+ enfrenta uma maior vulnerabilidade, devido aos processos contínuos de discriminação e exclusão que a enfrentam, o que as levam a necessitar de uma assistência à saúde diferenciada. A enfermagem desenvolveu por meio Madeleine Leininger a Teoria Transcultural do cuidado, que visa a assistência voltada para as individualidades de cada grupo. OBJETIVO: Mapear a aplicação do cuidado transcultural para a população LGBTQIAP+. METODOLOGIA: Revisão de escopo delineada conforme o manual do Joanna Brigs Institute (JBI) e o protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews. A busca foi norteada pela questão: “como ocorre a aplicação do cuidado transcultural em enfermagem para à população LGBTQIAP+?”. A busca ocorreu em agosto de 2022 e utilizou termos controlados extraídos do Medical Subject Headingsi, utilizando as bases de dados Scopus, PubMed, CINAHL, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde, como também a literatura cinzenta. Foram selecionados 26 textos para compor a revisão. RESULTADOS: Foi possível observar que a maior parte dos enfermeiros não aplicam cuidados culturalmente competentes para a população LGBTQIAP+. As causas mapeadas e encontradas para esse déficit estão relacionadas a uma carência na formação desses profissionais, evidenciando a necessidade de revisar os currículos do ensino de enfermagem, no intuito de iniciar desde a graduação a discussão sobre a responsabilidade de prestar o cuidado culturalmente competente. Destacam-se pontos essenciais para uma adequada assistência de enfermagem à essa população: a influencia da enfermagem na redução da discriminação; a formação universitária; formação docente; educação continuada; necessidades de treinamentos; preenchimento das lacunas do conhecimento; e a criação de ambientes inclusivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi verificada a baixa aplicação do cuidado culturalmente competente, tendo como fator relacionado os déficits na formação de enfermeiros.