Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
FRAGILIDADES NA ATENÇÃO BÁSICA AO ACESSO À SAÚDE À POPULAÇÃO LGBTQIA+
Relatoria:
ALINE PEREIRA DE OLIVEIRA
Autores:
- Hanari Santos de Almeida Tavares
- Ule Hanna Gomes Feitosa Teixeira
- Maikon Chaves de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuados e outros (LGBTQIA+), permaneceu, por muito tempo, desamparada, alvo de um processo complexo de violação à autonomia, à dignidade e ao direito à saúde. A atenção básica é a porta de entrada no atendimento à comunidade e promoção à saúde, entretanto, a população LGBTQIA+ geralmente é tratada com falas e olhares preconceituosos, e geralmente a equipe de saúde da atenção básica não possuem capacitação necessária para atender as demandas do público. É importante identificar as fragilidades para traçar métodos de intervenção, para que essa população tenha um atendimento de qualidade e respeito em todas as esferas de saúde, pois tem seus direitos à saúde garantidos pelo SUS. OBJETIVO: Identificar quais as fragilidades que a população LGBTQIA+ enfrentam na Atenção Básica. METODOLOGIA: Revisão do tipo integrativa, em que utilizou-se as bases de dados: Pubmed; Web of science e Scielo, aplicando os seguintes descritores em saúde: LGBT; LGBTQIA+; FRAGILIDADES; PRECONCEITO; ATENÇÃO BÁSICA; UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE; ACESSO À SAÚDE com o uso dos operadores booleanos And e Or. Incluiu-se artigos entre 2017 a 2023 que abordassem as fragilidades e desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ na atenção básica, excluiu-se artigos de revisão, trabalhos de conclusão de curso e artigos incompletos. Resultados: As fragilidades existentes incluem a falta de capacitação dos profissionais para lidar com questões específicas de saúde LGBTQIA+; estigma e discriminação que levam à evitação de serviços de saúde; invisibilidade e não reconhecimento da identidade de gênero ou orientação sexual dos pacientes; falta de serviços especializados para suas necessidades; dificuldades no acesso a medicamentos e tratamentos específicos; e comunicação inadequada que cria barreiras na relação médico-paciente. Tais fragilidades poderiam ser evitadas com capacitações e formações, que deveriam ser presenciadas durante a graduação, entretanto, mais de 85% dos estudantes da saúde não recebem tais informações, dificultando ainda mais a criação de barreiras e estigmas. Considerações finais: Em vista das fragilidades apontadas, vê-se como necessário capacitar profissionais, sensibilizar para os desafios enfrentados pela comunidade e implementar políticas inclusivas que respeitem os direitos e promovam ambientes acolhedores e seguros para todos.