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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
Avaliação da assistência ao trabalho de parto e parto por enfermeiras em hospitais privados brasileiros
Relatoria:
FABRINE COBUCCI DE SOUZA
Autores:
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Brasil apresenta alto índice de cesarianas com baixa participação de enfermeiras obstétricas na assistência ao parto. O cuidado da enfermeira obstétrica está associado a menor uso de intervenções, menores proporções de cesáreas e maior satisfação das mulheres. Em 2015, um projeto de melhoria da qualidade, denominado “Projeto Parto Adequado” (PPA), foi implantado em hospitais privados brasileiros para reduzir as cesáreas desnecessárias. Um de seus componentes é a expansão de enfermeiras obstétricas na assistência ao trabalho de parto e parto. Neste estudo, avaliamos os resultados do PPA na assistência ao trabalho de parto e parto por enfermeiras obstétricas. Os dados foram coletados em 12 hospitais através de entrevistas com 4.798 mulheres. As mulheres atendidas no modelo de assistência PPA tiveram maior proporção de trabalho de parto e parto vaginal, mas não houve aumento na proporção de mulheres atendidas por enfermeiras obstétricas, nem no trabalho de parto nem no parto vaginal. O uso de práticas recomendadas foi adequado, exceto o uso de analgesia peridural, com maior uso de algumas práticas recomendadas em mulheres assistidas por enfermeiras obstétricas em comparação com aquelas atendidas apenas por médicos. No entanto, observamos uso excessivo de práticas não recomendadas durante o trabalho de parto, tanto por médicos quanto por enfermeiras. Podemos concluir que houve aumento da proporção de mulheres com trabalho de parto e parto vaginal no modelo de atenção PPA e maior utilização das práticas recomendadas em mulheres assistidas por enfermeiras obstétricas, mas sem aumento da proporção de mulheres atendidas por enfermeiros. A ampliação da participação das enfermeiras obstétricas na assistência ao parto e a redução das práticas não recomendadas, portanto, continuam sendo desafios.