A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma abordagem que busca aprimorar e atualizar constantemente os conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de saúde, atrelado aos processos de trabalhos a fim de enfrentar os desafios e demandas em constante evolução no campo da saúde. Como uma ferramenta dinamizadora da transformação institucional, a EPS reconhece a capacidade humana de produzir novo conhecimento, com base em analises conjuntas e discussões com problemas que emergem do processo de trabalho. Portanto, este estudo tem como objetivo discutir os avanços, desafios e entraves relacionados à implementação da EPS, destacando a importância dessa abordagem para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde. Trata-se de estudo reflexivo, oriundo das pesquisas dos artigos que discutem a educação permanente e a Política Nacional de Educação Permanente. O presente estudo parte, então, da perspectiva integral da qualidade de formação e qualificação dos profissionais ao longo da sua jornada de trabalho para melhorar a prestação de serviço. Nesse contexto é possível identificar em estudo os avanços que a EPS fornece partindo do pressuposto da utilização de metodologias dinâmicas que rompem com o modelo tradicional de ensino. O cenário dos serviços de saúde é utilizado como base para eleger os assuntos que serão abordados na construção e articulação de instrumentos para potencializar a qualificação da assistência ofertada ao sujeito, família e comunidade. A implementação da EPS ainda enfrenta desafios significativos. Um dos principais desafios é a falta de tempo disponível para os profissionais se dedicarem à aprendizagem, devido à carga de trabalho e às demandas assistenciais. Além disso, a resistência à mudança por parte de alguns profissionais e a falta de recursos financeiros para investir em programas de EPS são desafios a serem superados. A falta de coordenação e integração entre as instituições de saúde e de ensino também gera situações críticas que dificulta a implementação efetiva da EPS. É fundamental investir em estratégias que promovam a valorização da EPS, como o desenvolvimento de políticas públicas adequadas, o estabelecimento de parcerias entre instituições de saúde e de ensino, e o incentivo à cultura da aprendizagem. Somente assim será possível superar os desafios e alcançar avanços ainda maiores na área da Educação Permanente em Saúde.