Introdução: As plantas medicinais são capazes de aliviar enfermidades, estão incluídas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, publicada em 2006 e atualmente seu uso vem sendo incentivado pela Organização Mundial de Saúde. O Brasil possui alto potencial de cultivo dessas plantas, em especial, a região nordeste, isso devido a sua grande diversidade vegetal, além do conhecimento tradicional popular sobre seu uso. Objetivo: Relatar a experiência de monitoras de um projeto de extensão durante uma atividade educativa sobre o uso de plantas medicinais como ferramenta de promoção da saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, produzido a partir da vivência de monitoras do projeto de extensão CuidarDela, vinculado ao curso de Enfermagem do Campus XII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) durante uma ação denominada “Arraiá da Mió Idade”, promovida por uma Unidade Básica de Saúde, no município de Guanambi, em junho de 2023. O evento teve como intuito promover um momento interativo, bem como oferecer serviços e informações que pudessem contribuir para o bem-estar da população local e, para isso, foram convidadas tanto ligas acadêmicas quanto projetos de extensão da UNEB. O público alvo foi a população de meia-idade e idosa, porém houve grande participação de mulheres de diferentes faixas etárias.  Resultados: Durante a vivência, ao serem questionadas sobre o uso das plantas medicinais, as mulheres demonstraram bastante interesse. Boa parte relatou conhecimento advindo do saber cultural, mas poucas sabiam de comprovações científicas a respeito. Foram citados o uso de hortelã, boldo e babosa para o tratamento de diversas comorbidades, como gastrite, dor abdominal, entre outras. As discentes puderam confirmar a eficácia das plantas quanto a seus efeitos benéficos e, na ocasião, também enfatizou-se a importância de entender uso dessas plantas como práticas complementares à saúde. Algumas disseram haver resistência familiar, em especial dos mais jovens, na utilização e percepção sobre a eficácia dessas terapias integrativas. Por fim, foram entregues panfletos com informações sobre as práticas e suas contribuições para a saúde. Considerações finais: Assim, a partir da experiência relatada, foi possível ressaltar o quanto as atividades educativas podem ser entendidas como importante ação para a formação acadêmica, além de ser uma ferramenta para a promoção da saúde.