A gestação de alto risco ocorre quando há condições que afetam o bem-estar da mãe ou do feto. As condições maternas de alto risco mais comuns são pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, hepatites virais, infecções sexualmente transmissíveis, dentre outras. O pré-natal detecta patologias, orienta cuidados e reduz riscos. Apesar dos avanços, há fragilidades na assistência pré-natal, e a gestão da saúde e políticas públicas são fundamentais para melhorar a qualidade e reduzir a mortalidade materna. Neste sentido, este estudo tem por objetivo analisar a assistência e cuidados em pré-natais de alto risco em gestantes brasileiras à luz da literatura. Trata-se de uma revisão bibliográfica , realizada em junho de 2023. Foi utilizado como base de dados artigos da Biblioteca Virtual de Saúde-BVS, utilizando-se os descritores: “Pré-natal”, “Atenção primária”, “Gravidez de alto risco”, com o operador booleano AND, resultando em 39 estudos. Os critérios de inclusão adotados foram: I) estudos que respondessem à pergunta norteadora; II) estar nos idiomas português, inglês ou espanhol. Os critérios de exclusão envolveram os estudos que desviassem do objetivo do estudo. Após análise foram selecionados 7 artigos para compor o corpus de análise. Ao final da pesquisa observou-se que a atenção à gestação é fundamental para a saúde materna e fetal, destacando-se o acompanhamento pré-natal como estratégia essencial para o bem estar do binômio mãe e filho. Um elemento fortalecedor da assistência, no Brasil, é a Rede Cegonha que foi implementada visando melhorar a assistência à saúde da mulher e da criança, com ênfase na redução da mortalidade materna e neonatal. Embora o acesso ao pré-natal tenha avançado, ainda existem desafios em relação à qualidade dos serviços. Conclui-se que a atenção à gestação de alto risco exige uma abordagem abrangente e integrada, com ênfase no acompanhamento pré-natal de qualidade, na gestão eficiente dos serviços de saúde, na capacitação dos profissionais e na coordenação entre os diferentes níveis de atenção. Assim, a implementação de estratégias como as redes de atenção e a melhoria dos fluxos de encaminhamento e comunicação são essenciais para melhorar os resultados maternos e perinatais e garantir uma assistência adequada às gestantes de alto risco.