Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
DESAFIOS DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL PARA A GESTÃO HOSPITALAR
Relatoria:
IZABELLE DE FREITAS FERREIRA
Autores:
- Camila Vicente
- Francine Lima Gelbcke
- Aline Lima Pestana Magalhães
- Sabrina da Silva de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O dimensionamento de enfermagem está diretamente associado à qualidade da assistência, controle de gastos, diminuição da sobrecarga de trabalho, melhora da segurança do paciente, da satisfação do paciente e profissional. Após a pandemia, os desafios se ampliaram, gerando diversos debates no cotidiano assistencial e gerencial. OBJETIVO: Refletir e relatar sobre os desafios na prática do dimensionamento de pessoal para a gestão hospitalar. METODOLOGIA: Reflexão teórico-prática, pautada na resolução 543/2017 e no código de ética de enfermagem, aliado aos desafios inerentes à gestão e assistência de enfermagem. Teve como cenário a experiência das autoras em unidades de internação cirúrgica de um hospital universitário do sul do Brasil. RESULTADOS: O dimensionamento recomendado nem sempre abarca as peculiaridades das atividades de enfermagem, bem como as complexidades do paciente cirúrgico, além dos aspectos psicossociais e a especificidade de um hospital escola, que envolve outras ações que competem ao exercício profissional do enfermeiro. Após a pandemia, os pacientes encontram-se com quadros clínicos que demandam maiores cuidados que se expressam pela sobreposição de agravos somados aos prejuízos de acesso a saúde que a pandemia gerou, convergindo para o aumento na sobrecarga de trabalho de enfermagem e também ao absenteísmo, este último, decorrente principalmente de problemas de saúde mental. É um desafio garantir a assistência de qualidade em decorrência da falta de pessoal que não acompanha o dimensionamento proposto pelo COFEN, o que acaba por gerar conflitos, inclusive éticos. Os gestores são pressionados pelos profissionais, que por vezes sentem-se despreparados e sem respaldo frente aos questionamentos, indicando necessidade de maior instrumentalização não apenas dos responsáveis técnicos, mas dos enfermeiros assistenciais e os de cargos de chefia, com vistas a dar suporte à tomada de decisão, pautada principalmente no código de ética da profissão que se sobrepõe a própria resolução. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao aprofundar a reflexão a partir dos subsídios legais, entende-se que é necessário que os enfermeiros nos diferentes espaços possam aprofundar o conhecimento acerca do código de ética da enfermagem bem como do dimensionamento de pessoal, de forma a indicar propostas que venham sanar as lacunas atuais, principalmente em relação às especificidades dos serviços de saúde, como é o caso dos hospitais escola.