Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PRÁTICAS SEXUAIS DE INTERNOS ALOCADOS EM UM COMPLEXO PENITENCIÁRIO DO INTERIOR DE SERGIPE
Relatoria:
BRUNA SANTANA CRUZ
Autores:
- Natália Oliveira Trindade
- Renata Emmanuelle Dória Almeida
- Beatriz Santos Pereira
- Caíque Jordan Nunes Ribeiro
- Shirley Verônica Melo Almeida Lima
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo. Essa população apresenta prevalências desproporcionais para IST's proveniente do contexto de superlotação, comportamentos de saúde propensos a vulnerabilidades e insalubridade das prisões brasileiras, os quais facilitam a proliferação de doenças infectocontagiosas. OBJETIVO: Analisar práticas sexuais de internos alocados em um complexo penitenciário de Sergipe. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal realizado em um complexo penitenciário no estado de Sergipe, incluindo internos que manifestaram interesse em participar da pesquisa e realizaram testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. O instrumento de coleta incluiu um formulário com 70 perguntas objetivas. Os aspectos éticos da pesquisa foram seguidos e devidamente aprovados sob o parecer n° 61109422.4.0000.5546 do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Federal de Sergipe. A elaboração de banco de dados utilizou o software Microsoft Office Excel 2013 e para a análise estatística, o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 26.0. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 1.834 internos. No entanto, dados preliminares de 501 formulários evidenciam as práticas sexuais dos internos. Sobre a utilização do preservativo foi identificado que 49 (9,8%) referiram usar em todas as relações sexuais, 293 (58,65%) fazem uso do método às vezes e 159 (31,55%) não utilizam o preservativo em nenhuma ocasião. Quanto ao não uso do preservativo, 259 (57,3%) internos justificaram que não os utilizam porque não gostam. Em relação às parcerias sexuais, 271 (54,1%) internos relatam possuir parceiro fixo, 21 (4,2%) ter parceiro casual e 188 (37,5%) não possuem parceiro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O comportamento das pessoas, sobretudo daquelas privadas de liberdade, referente às práticas sexuais pode ser considerado um fator importante de vulnerabilidade. A não utilização do preservativo somado a valores pessoais e conhecimento sobre IST’s corresponde a riscos elevados para contrair doenças.