INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada a porta preferencial de entrada dos serviços de saúde. A atuação do enfermeiro na APS é vista como instrumento de mudanças, nesse sentido, na maioria das vezes, é atribuído ao enfermeiro o papel de gestor da APS, incumbindo a ele atividades direcionadas à organização do serviço e supervisão da equipe multiprofissional. Sabe-se que diante do constante fluxo e atualizações de informações, principalmente na área da saúde, torna-se indispensável à Educação Permanente da equipe. Diante disso, a questão norteadora deste estudo foi: Quais são os desafios vivenciados pelo enfermeiro na educação permanente da equipe de saúde na APS? OBJETIVOS: Analisar, na literatura, os principais desafios que o enfermeiro enfrenta como gestor da APS na Educação Permanente dos profissionais da equipe. METODOLOGIA: O presente resumo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada de junho a julho de 2023. Utilizando-se como bases científicas a SciELO e Biblioteca Virtual de Saúde. Quanto ao critério de inclusão para realização do mesmo, adotou-se: artigos disponíveis na íntegra, disponíveis em português, e intervalo de publicação entre 2019 e 2023. Por conseguinte, o critério de exclusão adotado foram: artigos oferecidos sob a condição de pagamento prévio, teses, dissertações e editoriais. RESULTADOS: Neste resumo foram incluídos um total de 5 estudos, desses, dois foram encontrados na BVS e três na SciELO, sendo que os anos de publicação variaram de 2020 a 2021. A Educação Permanente em Saúde (EPS) caracteriza-se como uma proposta político-pedagógica que favorece o aprender e o ensinar dos trabalhadores no seu espaço laboral. Diante dos achados, foi possível analisar que, a EPS é um instrumento de gestão importante para a organização e efetividade assistencial, assim, a maioria dos profissionais de saúde reconhecem a necessidade e importância da capacitação e aprimoramento do cuidado, todavia, a maioria se mostra resistente diante das mudanças necessárias. Além disso, os trabalhadores justificam a não adesão a EPS à sobrecarga diária, desmotivação diante da má remuneração e valorização inadequada, além de falta de recursos para aperfeiçoamento profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, a EPS é uma estratégia importante para a concretização das mudanças na prática em saúde, e o enfermeiro, como gestor da APS, tem o papel fundamental de promover, viabilizar e incentivar a educação permanente da sua equipe.