Introdução: O abuso se caracteriza pelo envolvimento de uma criança e/ou adolescente em atividade sexual na qual não é capaz de compreendê-la completamente ou consenti-la. O enfermeiro apresenta capacidade técnica para identificar, denunciar e conduzir esses casos. Esse profissional, por vezes, é o primeiro contato da criança e do adolescente vítima de violência nos serviços de saúde. Objetivo: Analisar, a partir da literatura científica, a atuação do profissional enfermeiro no enfrentamento ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. Método: Revisão narrativa, realizada em maio de 2023, norteada pela seguinte questão: “Qual a atuação do profissional enfermeiro no enfrentamento ao abuso sexual contra crianças e adolescentes?”. O levantamento bibliográfico das evidências foi realizado na BDENF e LILACS, via BVS, e na MEDLINE/Pubmed. Foram incluídos estudos relacionados a temática de interesse, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, nos últimos cinco anos. Revisões foram excluídas. O total de 540 produções foram identificadas, das quais 15 compuseram amostra desta revisão. Resultados e Discussão: Enfermeiro proporciona uma interação positiva com o cliente, o que potencializa o vínculo e facilita a identificação.; Atuar diante das situações de violência requer conhecimento teórico e prático visto que o profissional capacitado irá realizar uma abordagem adequada, evitando a revitimização ; Resistência a notificação e o despreparo no atendimento. Enfermeiros expressam suas frustações, dificuldades e indignações nas experiências ao lidar com o abuso sexual pois sentem-se inabilitados para lidar com a violência sexual. Considerações Finais: O enfermeiro desempenha papel fundamental no enfrentamento ao abuso sexual. Contudo, ainda há a necessidade de tais profissionais serem treinados. Ressalta-se a importância de que as lacunas na formação desse profissional sejam identificadas ainda na graduação com vistas ao desenvolvimento de estratégias que possam superá-las.