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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2013 A 2022
Relatoria:
Thaisa Silva Guimarães
Autores:
  • Cristal Ribeiro Mesquita
  • Mauricio das Neves Pereira
  • Ronald Maciel Castro
  • Danielle Camille Alves Corrêa
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa e crônica causada pelo Mycobacterium leprae, uma bactéria que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Apesar da hanseníase ser curável, ainda permanece endêmica em várias regiões do mundo como no Brasil que ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de casos novos. Sendo assim, essa doença configura-se como um grave problema de saúde pública, devido afetar a qualidade de vida dos indivíduos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no estado do Pará no período de 2013 a 2022. Metodologia: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo e transversal. A população do estudo corresponde aos dados secundários dos casos notificados de hanseníase no estado do Pará no período de 2013 a 2022, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) vinculado ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas foram: sexo, faixa etária, raça, escolaridade, modo de entrada, tipo de saída e forma clínica. Os dados foram organizados, filtrados, tabelados e analisados com auxílio do Microsoft Office Excel 2013. Resultados: No período analisado foram identificados 32.319 casos de hanseníase no Pará. O ano que mais registrou casos de hanseníase refere-se a 2014 (n= 4.176; 12,92%) e o menor 2022 (n= 1.987; 6,14%). O sexo masculino (n= 20.358; 62,99%) e a faixa etária de 30 a 39 anos (n= 6.264; 19,38%) foram os mais incidentes. A raça parda (n= 23.718; 73,38%) e o ensino fundamental incompleto (n= 16.363; 50,62%) tiveram maior recorrência. Referente ao modo de entrada e ao tipo de saída as predominantes foram, respectivamente, o caso novo (n= 25.031; 77,44%) e a cura (n= 22.105; 68,39%). Ademais, a forma clínica mais frequente foi a dimorfa (n= 17.038; 52,71%) e logo após a virchowiana (n= 5.268; 16,30%). Considerações finais: A análise da caracterização do perfil epidemiológico permite concluir que ao longo dos 10 últimos anos ocorreu redução no número de casos de hanseníase, porém, ela não deixou de ser considerada um problema de saúde pública devido gerar incapacidades e deformidades no indivíduo. Além disso, o tipo de entrada mais frequente, caso novo, sugere que a transmissão da hanseníase é bastante alarmante. Portanto, nota-se a necessidade de estratégias de saúde para que seja possível prevenir, diagnosticar precocemente, tratar de forma eficaz e curar a doença.