Introdução: A Organização Mundial da Saúde definiu a cirurgia segura como o Segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente, no qual o objetivo é melhorar a segurança cirúrgica e reduzir índices de mortalidade e complicações durante a cirurgia. Nesse viés, é implementado o uso de um checklist composto por três etapas, sendo elas: identificação (antes da indução anestésica), confirmação (antes da incisão cirúrgica), e registro (antes do paciente sair da sala cirúrgica). Além disso, dados apontam que cerca de um em cada cinco pacientes que sofrem eventos adversos cirúrgicos evoluem para a incapacidade ou morte. Perante o exposto, a enfermagem detém um papel crucial na gestão do protocolo de cirurgia segura, pois geralmente o manuseio do checklist é de sua responsabilidade. Objetivo: Investigar por meio das produções científicas os principais obstáculos da enfermagem no gerenciamento da aplicação do protocolo de cirurgia segura. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de cunho qualitativo nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Google Scholar, realizada em junho do ano de 2023, para critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados nos últimos 5 anos, em português, inglês e espanhol, com os seguintes DeCS: Enfermagem, Centro cirúrgico, Gestão em saúde, foram analisados 10 artigos, no qual 5 foram incluídos na pesquisa. Resultados: Nessa perspectiva, diante de diversos fatores relacionados como barreiras na aplicação do protocolo de cirurgia segura pela enfermagem, destaca-se como principais: a pouca efetividade comunicacional da equipe cirúrgica, não adesão ao preenchimento do protocolo pelos profissionais, como cirurgiões e anestesistas e a sobrecarga do trabalho da equipe de enfermagem. Considerações finais: Assim, destaca- se a necessidade de promover uma boa adesão da equipe cirúrgica ao protocolo de cirurgia segura, por meio da conscientização de comunicação efetiva entre a equipe, e a implementação de educação permanente, pois o protocolo mantêm a organização assistencial, identificação do paciente, lateralidade, reserva sanguínea, profilaxia antimicrobiana e entre outros. Dessa maneira a enfermagem como gestora do cuidado contribui para uma assistência comprometida em assegurar a promoção, proteção de cuidados com a vida, bem-estar e saúde mitigando os obstáculos expostos.