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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
TECNOLOGIAS UTILIZADAS PELO ENFERMEIRO NO MANEJO DE HEMORRAGIAS GRAVES NO TRAUMA
Relatoria:
Iorana Candido da Silva
Autores:
  • Camille Schneider
  • Matheus Tavares França da Silva
  • Lindamir Francisco da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O trauma é responsável por uma elevada mortalidade a nível mundial e no Brasil, a violência interpessoal e a do trânsito colocam-no como um grave problema de saúde pública, ceifando milhares de vidas brasileiras anualmente. As mortes decorrentes do trauma podem ser evitadas em 20% dos casos, principalmente as relacionadas a hemorragia descontrolada. Destaca-se o uso das tecnologias como aliadas essenciais para manejo de hemorragias graves como o Protocolo de Transfusão Maciça, a Recuperação Intraoperatória de Sangue e a Tromboelastometria Rotativa. Objetivo: Relatar a experiência de residentes de enfermagem sobre o uso de tecnologias no manejo de hemorragias graves no trauma. Metodologia: Relato de experiência, desenvolvido por quatro enfermeiros residentes no período de julho a outubro de 2022 em um hospital referência em trauma no Ceará. As experiências vivenciadas ocorreram em um dos setores da instituição hospitalar denominado Núcleo Transfusional. Cada residente permaneceu por um mês neste serviço, prestando assistência conjuntamente com a equipe aos pacientes vítimas de trauma. Resultados e Discussões: O núcleo transfusional atua no manejo, acompanhamento e monitoramento de pacientes com hemorragias graves e/ou que necessitam de alguma tecnologia no contexto da hemoterapia. Neste contexto, utilizam-se algumas ferramentas com destaque para o Protocolo de Transfusão Maciça, baseado no escore ABC (Assessment of Blood Consumption) que avalia quatro fatores: trauma penetrante, pressão sistólica, frequência cardíaca e FAST positivo; a Recuperação Intraoperatória de Sangue que permite a recuperação do sangue perdido durante uma cirurgia, favorecendo a transfusão autóloga; e a Tromboelastometria Rotativa, teste de coagulação sanguínea que analisa os componentes viscoelásticos do coágulo de forma rápida e eficiente, permitindo a racionalização de transfusões e otimização do tratamento. A experiência vivenciada perpassou por todo esse processo de acionamento do protocolo, avaliação dos escores, assistência e monitoramento do paciente, desde sua admissão até o acompanhamento pós transfusional com a hemovigilância. Considerações finais: Conclui-se que a experiencia vivenciada propiciou aos residentes conhecimento e autonomia, em relação ao manejo das tecnologias usadas no controle de hemorragias graves no trauma, bem como permitiu aprimorar habilidades e competências assistenciais necessárias diante de tal quadro clínico.