A promoção da assistência à saúde de pessoas com deficiência apresenta-se como importante desafio na consolidação das políticas de inclusão. No entanto, ainda se observam fragilidades no processo formativo dos profissionais de saúde, dentre eles os de Enfermagem. Nos últimos anos, temáticas relacionadas a populações em situação de vulnerabilidade, têm feito parte dos cursos de pós-graduação em Enfermagem, como forma de possibilitar a identificação de lacunas e realização de pesquisas que proporcionem a adoção de medidas que favoreçam assistência à saúde livre de barreiras. Este estudo objetiva relatar experiência vivenciada por pós-graduandos do curso de Mestrado em Enfermagem acerca de preleção sobre conceitos, legislação e assistência à pessoa com deficiência. Trata-se de estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, referente a preleção ministrada para turma de mestrado sobre temáticas referentes a pessoa com deficiência. A preleção foi produzida a partir de artigos, leis e documentos oficiais do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. Além disso, foi realizada dinâmica inicial e final para consolidação das informações. O momento durou três horas e contou com a presença de 15 mestrandos do programa. Inicialmente, observaram-se dúvidas em relação ao termo correto para se dirigir ao público, prevalecendo ainda termos como deficiente e portador de deficiência, sendo assim, enfatizou-se o desuso desses termos e a adoção de Pessoa com Deficiência como nomenclatura correta. Foram apresentados também os quantitativos populacionais incluídos nos países lusófonos, os conceitos de acessibilidade e inclusão e os tipos de deficiência, além das principais leis, estatuto, política e assistência à saúde. No decorrer das explanações observaram-se dúvidas frequentes quanto a questões voltadas à acessibilidade e inclusão nos serviços de saúde, posteriormente sanadas, e houve alguns relatos de contato com pessoas com deficiência nos serviços ou mesmo no ciclo de vida diário, porém reforçando que não houve preparação prévia durante a formação. A partir disso, pode-se concluir que a experiência contribuiu significativamente no processo formativo dos pós-graduandos que ministraram a aula, os quais também puderam partilhar de experiências e aprender sobre os assuntos, além disso, a experiência possibilitou a identificação da importância de serem debatidos assuntos relacionados a assistência ao público ainda na graduação.