Introdução: A escola constitui-se campo de atuação da enfermagem em países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos da América, mas ainda com prática incipiente no Brasil. Apesar disso, pesquisadores brasileiros refletem sobre a importância desses profissionais no ambiente escolar no acompanhamento dos estudantes na prevenção e promoção de saúde de forma equitativa e integral. Uma das condições passíveis de serem abordadas no contexto da atuação do enfermeiro escolar é o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Objetivo: Analisar a atuação do enfermeiro no contexto escolar no cuidado a crianças com TEA. Método: Revisão Integrativa da Literatura realizada nas bases de dados: Banco de Dados em Enfermagem (BDENF) via Biblioteca Virtual da Saúde (BVS); Medline (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), via PubMed; Web of Science, e Scopus, no período entre agosto e novembro de 2022. Consideraram-se critérios de inclusão: estudos primários que abordarem o papel do enfermeiro escolar no cuidado a crianças diagnosticadas com TEA; publicados em inglês, português ou espanhol. Foram excluídos estudos de revisão narrativa de literatura/revisão tradicional, sistemática ou integrativa; notas, editoriais, relatórios, dissertações e teses; estudos que incluíram outras faixas etárias, em que não possível estabelecer a fase da infância (primeira década de vida). Para análise, realizou-se categorização e discussão de resultados, aplicando-se a comparação dos conhecimentos, para a interpretação completa e imparcial das fontes primárias, juntamente com uma síntese inovadora das evidências. Resultados: O atendimento à criança com autismo no ambiente escolar exige do enfermeiro escolar criatividade e conhecimento atualizado sobre o transtorno. Nesse contexto, o enfermeiro apresenta atuação diversificada, envolvendo o atendimento às diferentes necessidades que a criança pode manifestar, destacando-se: promoção da segurança; comunicação; procedimentos de enfermagem, tais como exame físico, administração de medicamentos; cuidados nutricionais; manejo de crianças em crise ou com queixas físicas que poderiam levar a criança à enfermaria; construção do plano individual de cuidados de saúde; registro de saúde – antecedentes e atuais; consulta com o professor; revisão de prontuários; e avaliação da criança. Conclusão: O enfermeiro escolar contribui para o cuidado de crianças com transtorno do espectro autista nos aspectos físicos, psicossociais e educacionais.