INTRODUÇÃO: No Brasil, para o triênio de 2023 a 2025 são estimados 704 mil casos novos de câncer. Cerca de 5 a 10% das pessoas com neoplasia desenvolverão feridas como consequência de um tumor primário ou por metástase, e isso pode acarretar dor, mudanças na autoestima, na autoimagem e mudanças sociais por frequentes hospitalizações e distanciamento do convívio social. OBJETIVO: Relatar vivência de acadêmica de enfermagem no cuidado de feridas neoplásicas malignas (FNM) em setor oncológico. METODOLOGIA: Consiste em um estudo do tipo relato de experiência, desenvolvido durante o internato de acadêmica de enfermagem em setor oncológico de um hospital universitário em Belém do Pará, no período de março a junho de 2023. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período de internato, realizavam-se rotineiramente curativos de FNM, no qual os cuidados eram voltados para o controle de odor, dor, do exsudato (material fluido composto de células que extravasam dos vasos sanguíneos), e sangramento, necrose, infecção. Estes são cuidados específicos devido a sua etiologia, uma vez que essa ferida não possui cura, em detrimento disso, a assistência de enfermagem era planejada com antecedência e necessitava de produtos sobressalentes e específicos. Exemplificando, para o controle do odor, costumava-se utilizar metronidazol e PHMB, já com o exsudato preocupava-se com o tipo de cobertura como de alginato de cálcio (em placa), o qual auxilia no controle do sangramento também, e com os cuidados com as bordas; para dor usava-se opioides injetáveis (analgésicos), somado também ao uso de antimicrobianos, agindo na infecção. Além disso, a cobertura e a estética do curativo eram de extrema importância para a autoimagem dos indivíduos. CONCLUSÃO: Percebe-se a importância da preparação de profissionais de enfermagem no manejo de FNM e seus impactos na vida da pessoa, com o intuito de melhorar a assistência mediante ao aumento dessa demanda.