Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS GESTACIONAL EM UM ESTADO DO NORDESTE: IMPACTOS DA PANDEMIA POR COVID-19
Relatoria:
BÁRBARA LETÍCIA DE QUEIROZ XAVIER
Autores:
- Brenda dos Santos Teixeira
- Heloiza Talita Adriano da Silva
- Arthur Alexandrino
- Jardely karoliny dos Santos Silva
- Richardson Augusto Rosendo da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: a sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, é um grave problema de saúde que embora de simples tratamento e prevenção, a cada ano aumenta-se a incidência da doença. Que quando tratada evita: a sífilis congênita em seus conceptos, complicações como aborto, prematuridade, morte neonatal e malformações congênitas. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados sífilis gestacional e congênita entre os anos de 2018 a 2021 no estado do Rio Grande do Norte. Metodologia: trata-se de um estudo de natureza descritiva, epidemiológica e investigativa. Nossa amostra foi composta por casos confirmados de SG por município de residência no período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2021, com dados obtidos na seguinte base de dados pública: Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde/ Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (DATASUS/SINAN). Resultados: Após análise dos casos de sífilis gestacional entre os anos compreendidos entre 2018 a 2021, fazendo o corte de análise no ano em que iniciou a pandemia- 2020, pode-se observar que entre os anos de 2018-2019 tivemos 1656 casos confirmados por meio da notificação, enquanto entre os anos de 2020-2021 tivemos 1405 casos confirmados por meio da notificação. Essa redução em casos notificados nos anos pandêmicos pode ser justificada em decorrência das ações em saúde terem se tornado mais voltadas para o combate, prevenção e tratamento da Covid-19, possivelmente isto tenha refletido em: redução na cobertura de testagem, baixa oferta de testes rápidos, também pela redução do uso de preservativos e até parcerias mais fixas uma vez que a população estava vivendo em isolamento social, bem como pela pouca busca dos profissionais da saúde em administrar para administrar a penicilina na Atenção Básica (uma vez que pouco testagem reflete em baixa detecção), além de ações do sistema de vigilância que contribuiu para subnotificação de casos notificados. Considerações finais: após análise dos casos notificados nesse contexto pré e pandêmico que a sífilis gestacional continua a se configurar um problema de saúde pública que necessita de maior enfoque agora neste período pós-pandêmico. Ter conhecimento deste perfil epidemiológico é importante para que sejam elaboradas novas estratégias em saúde, tendo em vistas maior ênfase no tratamento, promoção e prevenção à saúde das usuárias que agora no pós-pandêmico venha a ser diagnosticado.