Introdução: O contato pele a pele imediato representa um importante método de humanização, que auxilia no desenvolvimento materno-neonatal. Essa prática integra uma estratégia conhecida como “Hora Ouro”, que possibilita o contato físico da mulher com seu bebê na primeira hora de vida, oferecendo diversos benefícios ao binômio. Esta ação é majoritariamente realizada em partos vaginais, contudo, mostra-se possível também em cesarianas. Objetivo: Descrever a experiência da prática do contato pele a pele em cesáreas realizadas em um hospital terciário de grande porte no norte do Paraná. Método: Trata-se de um relato de experiência, realizado por enfermeiras obstetras, acerca da prática do contato pele a pele desempenhado durante as cesarianas. O contato pele a pele é realizado nos casos cujas mulheres aceitam passar por esta experiência e que contemplam os critérios previamente estabelecidos pela equipe multiprofissional, garantindo que a prática seja segura para os binômios. No preparo pré-cirúrgico, a gestante fica com uma malha de contenção, que facilita a segurança durante a prática. Após o nascimento, a equipe pediátrica realiza os primeiros cuidados do recém-nascido junto com a enfermeira obstetra, em seguida, o recém-nascido é colocado em contato pele a pele com a mãe e assim permanece por tempo indeterminado, com apoio e vigilância da equipe multiprofissional. Resultados: Percebe-se com a prática, melhores chances de sucesso no aleitamento materno precoce, eficácia na manutenção da temperatura do recém-nascido, além de favorecer o vínculo mãe-bebê. É notória a satisfação das puérperas e seus familiares com a realização da prática. Considerações Finais: Embora a cirurgia cesariana envolve uma incisão abdominal, é possível promover o contato pele a pele imediato entre a mãe e o recém-nascido, favorecendo uma série de vantagens para ambos. Acreditamos que a prática deve ser incentivada, proporcionando uma assistência qualificada e humanizada às puérperas e recém-nascidos.