Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE MULHERES BRASILEIRAS QUE INICIARAM O PRÉ-NATAL ATÉ 13 SEMANAS
Relatoria:
Caroline Bessa da Silva
Autores:
- Uly Reis Ferreira
- Renata de Holanda Sousa
- Priscila de Souza Aquino
- Lizia Angelica Teixeira Nunes Ribeiro
- Janaina Saboia Aguiar
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O pré-natal é fundamental para promover a saúde da gestante e do feto, prevenindo complicações. Avaliar o acesso pré-natal por meio do início precoce é crucial para identificar lacunas e prioridades de ações. Objetivo: de Analisar o perfil de mulheres que iniciaram o Pré-Natal em até 13 semanas. Método: Estudo descritivo utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013-2019), inquérito domiciliar de abrangência nacional realizado pelo MS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com a população-alvo de mulheres (>= dezoito anos em 2013 ou >= quinze anos em 2019) que engravidaram e fizeram pelo menos uma consulta de pré-natal. O estudo utilizou dados de domínio público, dispensando aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram apresentados de forma respectiva nos anos de 2013 e 2019. Resultados: No Brasil, a maioria das gestantes (83,7%-88,1%) iniciou o pré-natal dentro das primeiras 13 semanas gestacionais. No entanto, quando analisamos as diferentes regiões do país, observamos variações. As mulheres da região Centro-Oeste foram as que iniciaram o acompanhamento mais precoce (89%). Por outro lado, as regiões Norte (78,2%-86,2%) e Nordeste (83,4%-87,5%) apresentaram um maior atraso no início do pré-natal. Outros fatores que influenciaram o momento de início precoce foi o local de residência, moradoras das áreas rurais apresentaram uma demora maior (77,7%-83%), a faixa etária das gestantes também desempenhou um papel significativo, como a idade entre 18 e 24 anos (77%-84,2%), a cor preta (71%-81,5%), a baixa escolaridade (menos de 8 anos de estudo) (75,8%-83,2%) e o aspecto econômico, pois as mulheres que recebiam até meio salário-mínimo apresentaram um maior atraso no início das consultas pré-natais (77,8%-83%). Conclusão: Conclui-se sobre a necessidade de aprimorar o acompanhamento pré-natal no Brasil. Embora a maioria inicie dentro do prazo recomendado, há variações regionais e grupos em desvantagem, como a idade, residência rural, baixa renda e cor preta, que tendem a atrasar o início. Políticas direcionadas e ações educativas são necessárias para promover o acesso equitativo e reduzir as desigualdades socioeconômicas.