Introdução: No Brasil, a promulgação da lei que reconhece a Libras como meio de comunicação legal dos surdos no país foi um direito conquistado por essa comunidade. Mas, no cenário atual, a barreira comunicacional é a principal dificuldade enfrentada pelos surdos ao procurar um serviço de saúde. É inegável que a comunicação é uma das ferramentas imprescindíveis no âmbito hospitalar, uma vez que auxilia na assistência ao paciente. Sendo, o enfermeiro um profissional atuante em todos os níveis de complexidade de atenção à saúde, este contribuirá aumentando a probabilidade de assistir e comunicar-se com a pessoa surda. Portanto, nota-se a importância da inserção da disciplina de Libras no curso de Enfermagem de forma obrigatória em todas instituições de ensino superior, para que os futuros profissionais de saúde sejam preparados desde a formação acadêmica a lidar com a problemática apresentada. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos do curso de enfermagem após término da disciplina de Libras. Método: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por discentes de enfermagem, a partir da disciplina de Libras, inserida de forma obrigatória e oferecida pela Universidade Federal da Paraíba. Resultados: Diante dos conteúdos vistos, notamos que seria necessário abrir turmas específicas para os discentes dos cursos de saúde, para que fosse trabalhado questões referentes à atuação profissional. Devido a carga horária da disciplina, não há possibilidade de trabalhar conteúdos voltados às especificidades de cada curso, já que é ofertada a diferentes cursos. Além disso, observou-se a necessidade da obrigatoriedade da disciplina de Libras nos cursos de enfermagem, em todas as instituições de ensino superior. Cabe destacar a importância da Língua de Sinais desde o âmbito acadêmico, garantindo a capacitação dos estudantes e posteriormente, com intuito de consolidar um atendimento eficaz no meio profissional e propiciar uma melhor comunicação entre enfermeiro-paciente. Considerações finais: A experiência vivenciada na disciplina, possibilitou-nos por meio de evidências práticas a relevância da língua de sinais para a eficiência na comunicação com os pacientes surdos e pessoas com deficiência auditiva, tornando explícita a importância para a formação na graduação e posteriormente, como enfermeiro. Ademais, é relevante almejar que num futuro próximo seja repensado quanto a possibilidade de viabilizar turmas específicas para discentes da área de saúde.