Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa e negligenciada, provocada pelo Mycobacterium leprae um bacilo intracelular obrigatório, que tem predileção por células da pele e nervos periféricos. Mesmo com a implementação de políticas públicas no Brasil, e a implementação de medidas que busquem a prevenção, o diagnóstico e tratamento precoce, o país não atingiu as últimas metas mundiais na campanha global para eliminação da hanseníase, apresentando-se como o segundo país com mais casos da doença. Objetivo: Descrever os casos notificados de hanseníase no Brasil entre os anos de 2012 a 2022. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, no qual utilizou-se dos dados de acesso público da hanseníase, dos casos notificados no Sistema de Agravos e Notificações (SINAN), no site do DataSus, sendo analisadas as variáveis número de casos notificados e faixa etária. Resultados: Entre os anos de 2012 e 2022, o número de casos notificados no Brasil foram de 368.534. O maior número de casos observados foi no ano de 2012 com 11% (40.898) casos, seguido do ano de 2014 com 10% (38.446) casos, 2013 com 10% (38262) casos, 2018 com 10% (36.772) casos, 2019 com 10% (36.626) casos, 2015 com 10% (36.055) casos, 2017 com 10% (34.926) casos, 2016 com 9% (32.330), 2022 com 7% (25.487) casos, 2021 com 7% (24.957) casos e 2020 com 6% (23.775) casos. A faixa etária com maior prevalência foi em indivíduos entre 50 a 59 anos com 19% (69.821) casos, logo após temos a faixa etária de 40 a 49 anos com 19% (69.718) casos, 30 a 39 anos com 18% (62.857) casos, 60 a 69 anos com 15,50 % (52.260) casos, 20 a 29 anos com 12% (41.725) casos, 15 a 19 anos com 5,50 % (16.130) casos, 10 a 14 anos com 4% (14.008) casos, 80 anos ou mais com 3,50% (8.599) casos, 1 a 4 anos com 2,50% (798) casos, e por fim, menores de um 1 anos de idade com 1% (3) casos. Considerações Finais: Após a busca, observou-se a alta incidência de casos nos anos de 2012, e a faixa etária de 50 a 59 anos. Portanto, a necessidade de progredir os acompanhamentos dos pacientes através dos meios públicos de saúde em que estes estejam, pelo Programa Nacional de Controle da Hanseníase e atualizações constantes das práticas clínicas nos serviços de saúde, visando, a detecção precoce e interrupção da transmissão da patologia, contribuindo para a eliminação do quantitativo dos casos da doença no Brasil.