Introdução: a pandemia trouxe mudanças em todos os aspectos do convívio humano. No contexto da educação, a utilização constante de espaços virtuais exigiram dos trabalhadores a revisão dos conceitos e a reconfiguração de ações e gestos. Além disso, as modificações repentinas no processo de trabalho, bem como as elevadas demandas a serem atendidas, podem ser consideradas como elementos propulsores de estresse. Objetivo: avaliar o estresse percebido em servidores públicos de uma instituição federal. Metodologia: estudo descritivo de corte transversal e abordagem quantitativa, realizado com 253 servidores públicos dos 16 Campi do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Aplicou-se a Escala de Estresse Percebido (EEP) por meio do e-mail institucional, a partir do formulário Google. Os dados foram exportados para a planilha do programa Microsoft Excel, sendo os cálculos estatísticos realizados no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 20.0. Foram calculadas as distribuições absolutas e percentuais e confeccionados gráficos e tabelas. A pesquisa respeitou os preceitos éticos e legais em consonância com a Resolução 466/12, sob parecer 4.715.228. Resultados: aspectos positivos apresentaram médias inferiores quando comparados aos aspectos negativos. O equilíbrio e a satisfação assinalaram positivamente o trabalho dos servidores, enquanto a impaciência, frustração, ansiedade e tensão representaram as maiores médias para os aspectos negativos investigados. Considerações finais: faz-se necessário que o olhar biopsicossocial seja ampliado para esses trabalhadores. Em meio ao turbilhão de sentimentos e emoções experimentados durante a pandemia da COVID-19, torna-se imprescindível que estratégias com o intuito de reduzir a sobrecarga intelectual, física e social dos servidores sejam desenvolvidas.