INTRODUÇÃO: A experiência de parto envolve a subjetividade e singularidade de emoções. É possível identificar a relação do sofrimento emocional, desconforto físico e da relevância na assistência. Entretanto, ainda não há consenso quanto a sua definição conceitual, mesmo com sua relevante contribuição para a prática obstétrica. OBJETIVO: Mapear os fatores condicionantes para a experiência de parto institucionalizado a partir da perspectiva materna. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de escopo. As buscas foram realizadas entre agosto e novembro de 2022 e atualizadas em março de 2023. Foram usados 5 vocabulários controlados em saúde: DeCS, MeSH, Tesauro Cinahl, APA Thesaurus e EMTREE, alguns descritores utilizados: “pregnancy”, “object attachment”, “emotion” e “attachment behavior”. As bases de dados usadas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed (510 resultados), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) (168 resultados), SCOPUS (510 resultados), Web of Science (332 resultados) e PsycInfo (41 resultados). Para contemplar os achados utilizou-se o Google Acadêmico (5.180 resultados). Os critérios de elegibilidade: pesquisas originais, publicadas em português, inglês e espanhol e tipo descritiva e/ou qualitativa. Foram excluídas as que não abordaram o parto e a experiência de parir, e/ou partos em quaisquer outros ambientes que não o hospitalar. Ao final, 13 artigos compuseram a amostra. RESULTADOS: Obtiveram-se 1.561 resultados nas bases de dados e 5.180 em repositórios de literatura cinzenta. O ano de publicação dos artigos variou entre 2011 e 2022. Os resultados foram classificados em condicionantes positivas e negativas para a experiência de parto. Positivas: empatia dos profissionais, satisfação com as informações prestadas, presença de acompanhante, tomada de decisões e preservação da privacidade; Negativas: ausência de comunicação profissional-parturiente, violação da privacidade, desrespeito em forma de repreensão/insultos/discriminação, ausência de acompanhante, exposição excessiva de regiões do corpo, negligência quanto aos métodos para alívio da dor e intervenções sem recomendação clínica, como a episiotomia e o exame de toque excessivo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise mostra que a experiência de parto positiva engloba aspectos da humanização, pois envolve o bem-estar físico da puérpera, sua multidimensionalidade, a singularidade física, espiritual, social e cultural.