Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA À PESSOA COM ÚLCERA DO PÉ DIABÉTICO: ESTUDO DE CASO
Relatoria:
Sarah Emanuelle Matias Penha
Autores:
- Tays Pires Dantas
- Fernanda Helen Gomes da Silva
- Manoel Mateus Xavier do Nascimento
- Maria Luiza Peixoto Brito
- Luis Rafael Leite Sampaio
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Estudo de caso
Resumo:
Pé diabético consiste na presença ulcerações associadas a alterações vasculares e/ou neurológicas em pessoas com Diabetes Mellitus (DM) que prejudicam a sensibilidade e a circulação, aumentando o risco de lesões com cicatrização lenta, podendo evoluir para infecções e amputações. Descrever a atuação da equipe de enfermagem em estomaterapia à pessoa com úlcera do pé diabético. Trata-se de uma pesquisa documental, qualitativa, do tipo estudo de caso, realizada em junho de 2023 em um ambulatório situado na região do Cariri cearense. Os dados foram obtidos através do prontuário do participante referente às consultas de enfermagem. Todos os preceitos éticos e legais foram observados, sob o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa n° 3.155.662. Participante do sexo masculino, 57 anos, com histórico de DM descompensado, insulinodependente. Compareceu ao serviço em 05/05/2023 queixando-se de difícil cicatrização pós-amputação de hálux direito, procedimento cirúrgico realizado mediante surgimento de calosidade imperceptível, evoluindo para necrose e infecção. Realizado exame físico e utilizado doppler portátil, constatando presença bilateral de pulsos pedioso e tibial posterior, com padrão filiforme. Lesão com extensão de 5,5 cm x 3 cm, esfacelo em 40% do leito e demais áreas com granulação pálida, moderado exsudato seroso, bordas aderidas e com hiperqueratose. Realizada limpeza com soro fisiológico 0,9% e solução de polihexametileno biguanida (PHMB) com ação por 15 minutos, desbridamento mecânico e instrumental conservador. Adotado papaína 10% e uréia 5% como correlato, vaselina sólida na gaze de contato e aplicação de creme barreira em bordas. Ao terceiro atendimento, lesão com 4,7 cm x 2,4 cm, leito hipergranulado recoberto por espessa biomembrana sugestiva de biofilme, bordas com discreta epibolia em 180°. Realizada limpeza, desbastamento da hipergranulação e agudização de bordas, adotando-se alginato com prata como cobertura. Ao quinto atendimento, ferida com granulação saudável, epíbole em 60° e maceração em bordas. Utilizado espuma com antimicrobiano como cobertura. Na sexta consulta, lesão com 4 cm x 1,8 cm e foi iniciada a fotobiomodulação em bordas e leito. Ao sétimo atendimento, lesão com melhora significativa. O participante recebeu alta por remissão de lesão em 23/06/2023, com epitelização total. A atuação da enfermagem em estomaterapia é fundamental para o tratamento de feridas de difícil cicatrização e suas complicações no pé diabético.