INTRODUÇÃO: As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) são transmitidas, majoritariamente, através do contato sexual desprotegido. A prevenção dessas IST’s tem um papel fundamental para minimizar o ciclo de contaminação. Portanto, analisar dentro do contexto carcerário, o conhecimento dos internos sobre a prevenção das IST’s contribui para novas estratégias de saúde pública, haja vista que esse público representa uma vulnerabilidade maior em relação a população geral. OBJETIVOS: Analisar o conhecimento da população provada de liberdade acerca da prevenção das IST’s em um complexo penitenciário. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, realizado em um complexo penitenciário no estado de Sergipe, incluindo internos que manifestaram interesse em participar da pesquisa e realizaram testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. O instrumento de coleta incluiu um formulário com 70 perguntas objetivas. Os aspectos éticos da pesquisa foram seguidos e devidamente aprovados sob o parecer 61109422.4.0000.5546 pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Sergipe. Para elaboração de banco de dados foi utilizado o software Microsoft Office Excel 2013 e para a análise estatística, o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 26.0. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 1.834 internos. No entanto, dados preliminares com 501 formulários mostram que 426 (85%) dos internos afirmaram conhecer as alguma IST’s; 328 (65,5%) acreditam que HIV e AIDS são a mesma coisa; 440 (87,8%) relataram que não estão protegidos ao transar com pessoas apenas pela aparência. Os resultados evidenciam ainda, que 475 (94,8%) reconhecem que a camisinha é uma forma de prevenção contra as IST’s; 448 (89,4%) afirmaram que uma pessoa saudável pode estar infectada com o vírus do HIV; e 479 (95,6%) sabem que as formas graves dessas infecções podem matar. No que se refere a ouvir falar sobre a Profilaxia Pré-Exposição (PREP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), 485 (96,8%) e 489 (97,6%) respectivamente, referiram nunca ouvir relatos sobre os termos citados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante sinalizar que a maioria dos entrevistados possuía conhecimento, mesmo que sutil, sobre as IST’s e sua principal forma de prevenção. Em contrapartida, quase sua totalidade, desconhece sobre a PrEP e a PEP, corroborando a extrema importância de estabelecer ações dentro do âmbito carcerário acerca das IST´s.