Introdução: Pacientes pediátricos possuem peculiaridades como a sensibilidade da pele, barreiras de comunicação e volatilidade a mudanças hemodinâmicas que são potencializadores para o desenvolvimento de lesão por pressão (LP). Objetivo: Discorrer sobre uso das ferramentas gerenciais e assistenciais na prevenção de lesão por pressão em pacientes pediátricos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, que utilizou as bases Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: Textos completos em português, inglês e espanhol, publicados nos últimos 5 anos. Foram excluídas literaturas cinzas e as duplicadas. Resultados: Foram selecionados 6 artigos, sendo apontadas como ferramentas de avaliação as escalas Braden Q Scale, Braden Q+P Scale, Garvin Scale além do uso do instrumento de estadiamento de LP do European Pressure Ulcer Advisory Panel. O uso do Practice guideline and skin breakdown também foi citado como instrumento usado para prevenção e cura, além do sistema MEASURE em um artigo. Além disso, um estudo avaliou a adesão a medidas realizadas por 11 enfermeiros considerando o índice de positividade (IP), como definidor da qualidade da assistência, tendo a nível assistencial a inspeção da pele (81,8%), hidratação (90,9%) e limpeza da pele (90,9%) como principais medidas. A mudança de decúbito obteve 45,4%. A nível gerencial do cuidado, a notificação de casos teve IP 54,5%, enquanto o registro das alterações e condutas em prontuário e avaliação diária com a escala de Braden obtiveram, respectivamente, 90,9% e 72,7%. Destaque negativo para o uso de coberturas para proteção da pele (27,2%). Um artigo apontou incidência de 3,7% de notificações de LP em 29 eventos adversos notificados. Um outro estudo aponta o uso de um fluxograma para classificação e prevenção de LP em paciente pediátrico associado ao uso da escala de Braden pediátrica. O fluxograma trás cuidados de enfermagem pré-definidos baseados na situação clínica da criança. Considerações finais: As ferramentas gerenciais e assistenciais auxiliam o enfermeiro no atendimento ao paciente pediátrico com LP. Medidas essenciais como a mudança de decúbito e a notificação de eventos adversos ainda possuem baixa adesão, dificultando a melhoria da qualidade da assistência. A assistência sistematizada através do processo de enfermagem pode ser diferencial na abordagem ao paciente pediátrico reduzindo danos e minimizando os impactos.