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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
BOAS PRÁTICAS NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO NA UTI NEONATAL
Relatoria:
Ana Paula Carvalho Campos
Autores:
  • Zélia Fernanda Fréria
  • Gisele Cristina Zamberlan Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A pele, maior órgão vital, age como barreira de proteção ao ambiente. Ao nascimento, ainda é imatura, o processo de maturação acontece no primeiro ano de vida. No recém-nascido (RN) prematuro (com idade gestacional inferior a 37 semanas), sua estrutura é ainda mais frágil, com maior risco para injúrias decorrentes de procedimentos ou dispositivos que podem acometer sua pele durante a internação em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), risco que aumenta pela nutrição prejudicada, mobilidade diminuída, instabilidade hemodinâmica e contato com a umidade, fatores muitas vezes inevitáveis (LUND et.al, 2007). Assim, faz-se necessário, intervenções para prevenção e redução de danos na pele do neonato, entre essas, a lesão por pressão (LP). Em 22 auditorias de LP, realizadas com 447 RN, foram identificadas 20 LP em narinas decorrentes de dispositivos: cateter nasogástrico (CNG) e/ou cpap nasal com interface pronga. Objetivo: Relatar a efetividade da auditoria na melhora das boas práticas na prevenção de lesão por pressão do RN na UTIN. Método: Trata-se de um relato de experiência, mostrando a efetividade das auditorias na diminuição da LP, realizadas na UTIN de um Hospital particular de grande porte da cidade de São Paulo – SP, decorrente da implementação de práticas de melhorias. Participou do processo a equipe de enfermagem e fisioterapeutas da unidade. Resultados: A melhoria se deu ao se estabelecer a avaliação diária de risco de LP, com escala própria para neonatologia e avaliação da pele a cada 2 horas; mudou o modo de fixação do CNG, para a lateral da face, próxima a narina, e tornou-se obrigatório, para o uso nasal, o cateter 5fr; alterou a fixação do cpap, sendo obrigatório a sua estabilização na face com o velcro e para o RN prematuro, estabeleceu-se intercalar as interfaces máscara e pronga nasal. Nas auditorias dos últimos oito, houve LP estágio 2 ou maior apenas no 4º trimestre de 2021, com zero nos demais. O resultado está muito aquém do benchmarking do NDNQI (National Database of Nursing Quality Indicators) que vem mantendo taxa com valores acima de 2 e a UTIN está com valor de 0,18. Conclusão: O acompanhamento de indicadores, através de auditorias, é essencial para evidenciar os problemas e conhecer a realidade, ficando mais fácil estabelecer prioridades e instituir intervenções de melhorias para que resultados positivos sejam alcançados, garantindo assistência segura e de qualidade ao paciente.