Introdução: Os abusos contra pessoas idosas assumem várias formas, incluindo violência física, emocional, sexual e financeira, bem como negligência e abandono. Esses atos de violência podem ter consequências devastadoras para a saúde física e mental dos acometidos, além de comprometer sua qualidade de vida e bem-estar geral. Para além, existem diversos fatores de risco que contribuem para a ocorrência da violência contra idosos. Entre eles, destacam-se o isolamento social, a dependência financeira, a falta de suporte familiar ou comunitário, o declínio cognitivo, a presença de doenças crônicas e a existência de conflitos familiares. Assim, o compartilhamento das experiências individuais e grupais facilita a compreensão do sujeito acerca dessas situações, podendo contribuir para a interrupção das mesmas. Objetivo: Entender a percepção de pessoas idosas acerca da violência contra este público. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo descritivo e exploratório. A coleta foi obtida por meio da Técnica de Associação Livres das Palavras (TALP) e organizada pelo software IRAMUTEQ. A amostrada alcançada foi de 40 indivíduos, participantes de grupos de idosos de Unidades de Atenção Básica do município de João Pessoa-PB. Resultados: Os resultados evidenciam uma visão abrangente das percepções da violência contra pessoas idosas partilhadas nos grupos de convivência da terceira idade: destacam a importância de promover a conscientização, a educação e o apoio às vítimas, bem como a necessidade de políticas e programas efetivos para prevenir e combater a violência a este público. Além disso, observou-se certo conhecimento sobre os diferentes tipos de violência, com destaque para a violência física e o abuso financeiro, os quais foram alguns dos mais citados. Considerações finais: O olhar lançado sobre o tema denota que a violência contra a pessoa idosa é um problema grave, que requer atuação coletiva e integral. Conscientizando, fortalecendo as redes de apoio, integrando os serviços e dando continuidade às pesquisas na área, pode-se avançar na prevenção e no seu combate, garantindo que os direitos dos idosos sejam protegidos e respeitados.