A pandemia causada pela SARS-COV 2 teve um início abrupto e a vida de milhares de pessoas esteve à mercê de uma patologia interdependente do Sistema de Saúde. Diante disso, a enfermagem, que é caracterizada como o núcleo da saúde pública, sofreu com a ausência de infraestrutura decorrente do subinvestimento na saúde, o que causou desgastes físicos e psicológicos. Essa é a realidade dos profissionais de enfermagem que atuaram durante a COVID em todo o Brasil. Este estudo objetivou-se a descrever os efeitos da pandemia da COVID-19 na saúde mental da equipe de enfermagem. Tratou-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo e abordagem quantitativa, realizada no município de Cacoal-RO no período de março de 2023, com uma amostra de 54 profissionais da equipe de enfermagem, sob parecer 5.786.417. Através da coleta de dados, foi possível observar que grande parte dos profissionais possuem jornadas de trabalho extensas, baixa remuneração e sem reconhecimento. Isso impacta fortemente o desenvolvimento de transtornos mentais, como o transtorno de ansiedade generalizado, devido a sensação de insegurança e o não fornecimento de apoio psicológico/psiquiátrico pelas instituições de serviço. Ao longo da pesquisa, foi possível dar voz a equipe de enfermagem e mostrar como o sofrimento e desgaste psicológico foram reforçados no período pandêmico. Os dados do estudo apontam para despeito aos direitos humanos, onde todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Poucos profissionais entrevistados buscaram suporte especializado ou receberam essa atenção de seu vínculo empregatício. Desta forma, medidas drásticas devem ser tomadas por parte dos governantes e gestores que ao longo da história negligenciaram e exploraram a enfermagem.