INTRODUÇÃO: Com a necessidade de modificar a assistência ao parto no Brasil, dando ênfase ao protagonismo da parturiente, a sua inserção no processo de decisão durante o trabalho de parto (TP) e a diminuição das práticas intervencionistas, a Enfermagem Obstétrica vem ganhado espaço e campo de atuação profissional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece e incentiva a atuação do Enfermeiro Obstetra, sendo ele considerado como o pilar da Rede Cegonha na atenção materno-infantil, onde a evidências científicas demonstram os benefícios da assistência ao parto realizado por enfermeiras (os) e obstetrizes. OBJETIVO: Analisar estudos sobre assistência da Enfermagem obstétrica no Brasil. Foi realizada uma revisão bibliográfica de caráter exploratório com periódicos indexados na base de dados “SciELO” “LILACS” “BVS/MS”. Foram utilizados como descritores relevantes: Enfermagem Obstétrica, Parto Humanizado, Assistência Materno-Infantil. Utilizou-se critérios de inclusão como: idioma português e espanhol, artigos relevantes sobre o temática nos últimos dez anos (2013-2023). Foram encontrados 15 artigos, porém, apenas 7 foram utilizados, pois contemplavam a temática abordada. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Em um estudo realizado com dados de 606 maternidades do SUS, relata que o acompanhamento obstétrico pela enfermagem evidenciou maior adesão às boas práticas e menor uso de intervenções obstétricas, apresentou diminuição no uso de ocitocina e analgesia durante o TP; e, no parto, foi menor o uso da posição de litotomia, e epsiotomia. Outro estudo comparativo entre partos ocorridos em hospitais e em casas de parto normais (CPN), evidencia que nas CPN, onde há maior atuação de Enfermeiros Obstetras, apresenta como característica a desmedicalização tendo como base o cuidado centrado na parturiente, respeitando a autonomia e fisiologia, ofertando recursos não-invasivos e métodos não-farmacológico para alívio da dor, proporcionando maior uso de boas práticas na assistência ao trabalho de parto, resultando em maior chance de satisfação da mulher com os cuidados recebidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, investir na formação de profissionais na Enfermagem Obstétrica é de grande importância, uma vez que as evidências apontam dados significativamente positivos relacionados a assistência, influenciando diretamente na diminuição de taxas de cesáreas desnecessárias e reduzindo custos para os sistemas de saúde.