INTRODUÇÃO: As condições precárias de vida nos sistemas carcerários permanecem inalteradas, com acesso limitado aos cuidados médicos adequados, o que pode levar a problemas de saúde graves. A hanseníase é um exemplo dessa realidade, sendo uma doença infectocontagiosa de evolução lenta que afeta principalmente os nervos e a pele, e é predominante entre os detentos. OBJETIVO: O propósito deste estudo é analisar a prevalência da hanseníase no perfil epidemiológico do sistema carcerário brasileiro, destacando o protagonismo do enfermeiro no processo de prevenção e tratamento da doença. METODOLOGIA: Este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, na qual foram selecionados 5 artigos relevantes encontrados nas bases de dados do Google Acadêmico e SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Os artigos, publicados entre 2017 e 2022, foram escolhidos com o propósito de abordar as problemáticas relacionadas à hanseníase no sistema carcerário e contribuir para a busca de soluções. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A população carcerária é mais suscetível à hanseníase devido às condições precárias nas prisões, como higiene inadequada, acesso limitado a água potável, saneamento básico precário, falta de conhecimento sobre a doença e omissão de tratamento adequado, o que pode agravar a doença. A assistência de enfermagem desempenha papel crucial na prevenção e tratamento da hanseníase, com identificação precoce dos sintomas, diagnóstico ágil e cuidados adequados aos pacientes. A enfermagem também desempenha um papel fundamental na conscientização dos pacientes sobre o tratamento, seus possíveis efeitos colaterais, incentivando a adesão ao tratamento completo para evitar resistência bacteriana e garantir a cura da doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntase, é essencial adotar uma abordagem holística nas prisões, incluindo a reforma das políticas penais, melhoria das condições de vida, acesso adequado à assistência médica e respeito aos direitos humanos dos detentos. A equipe de enfermagem desempenha papel crucial garantindo cuidados e suporte necessários para combater a doença e prevenir complicações. Nesse ínterim, mitigar essas defasagens é fundamental para melhorar a qualidade de vida da população carcerária e implementar políticas públicas eficientes.