Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
COMPORTAMENTOS DE AUTOCUIDADO EM NUTRIÇÃO DE PACIENTES RENAIS EM TRATAMENTO CONSERVADOR
Relatoria:
INGRID JOYCE SOUZA BEZERRA
Autores:
- Alessandra de Andrade Costa
- Gutembergue Aragão dos Santos
- Marta Nunes Lira
- Jackeline Kerollen Duarte de Sales
- Cecília Maria Farias de Queiroz Frazão
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O tratamento conservador na Doença Renal Crônica (DRC) engloba a adesão de medidas e ações que priorizam uma mudança no estilo de vida e no comportamento do paciente, baseado no autocuidado. Uma destas medidas se relacionam aos hábitos alimentares, aos quais auxiliam no retardo da taxa de progressão da DRC. Objetivo: Analisar o comportamento de autocuidado em nutrição de pacientes renais crônicos em tratamento conservador. Método: Estudo descritivo com corte transversal e abordagem quantitativa desenvolvido em dois ambulatórios referência em nefrologia na capital de Pernambuco. A coleta de dados aconteceu entre agosto de 2021 à fevereiro de 2022 e foi mediada pela Escala de Comportamento de Autocuidado de Paciente Renal em Tratamento Conservador, já validada. Participaram da pesquisa 310 pacientes que faziam acompanhamento nos serviços e que estavam em tratamento conservador há mais de 6 meses. A análise dos dados foi realizada a partir da estatística descritiva simples. O estudo tem anuência do Comitê de ética em Pesquisa sob o parecer 3.576.916. Resultados: Dentre os alimentos evitados pelos pacientes pesquisados foram: crustáceos (92%; n=286); vísceras como fígado de galinha; ultra processados como empanados e embutidos (75%; n=234); oleaginosas como castanha (66%; n=204); hortaliças como couve-flor (59%; n=183); frutas, como, laranja pêra, kiwi, abacate (58%; n=179) e batata inglesa (41%; n=128). Sobre o hábito de acrescentar o sal na comida durante o preparo 45% (n= 138) dos entrevistaram responderam nunca realizarem. Já o consumo de refrigerantes (60%; n=185) e bebida alcoólica (88%; n=272) foram apontados pelos pacientes como nunca consumidos. Foi observado que 50% (156) dos participantes garantiram que sempre ou muitas vezes seguem a dieta prescrita. Conclusão: A restrição alimentar na dieta busca retardar a progressão da DRC, pela qual sugere-se reduzir o consumo de proteínas, potássio e sódio, que podem causar hiperpotassemia e acidose metabólica grave, e nesses pacientes além de agravar a retenção de líquidos e hipertensão arterial poder levar a uma parada cardiorrespiratória. Embora a maioria dos entrevistados não siga a dieta prescrita, mais da metade evita alimentos que podem contribuir com a deterioração renal em seu cotidiano. Apesar desses resultados positivos, ainda é necessário implementar estratégias que promovam a orientação e a melhoria dos hábitos alimentares como parte do autocuidado.