Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PANORAMA DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA NO BRASIL ENTRE 2000 E 2020
Relatoria:
José Iglauberson Oliveira dos Santos
Autores:
- Biatriz Costa Santos
- Carla Viviane Freitas de Jesus
- Enoque Chaves de Almeida Junior
- Jamilly Silva Paixão
- Lorenna Emília Sena Lopes
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV) consiste na transmissão da genitora infectada para o feto/neonato. É a principal causa da infecção por HIV em crianças, e essa problemática está atrelada à não realização do pré-natal de forma efetiva. Objetivo: Descrever o panorama da transmissão vertical do HIV no Brasil no período de 2000 a 2020. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, de caráter descritivo e abordagem quantitativa, tendo como destaque os casos diagnosticados e notificados de transmissão vertical do HIV no Brasil, no período de 2000 a 2020, utilizando uma quantificação dos dados adquiridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e registrados no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) e no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Os dados foram dispostos por frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. As variáveis analisadas foram: ano de diagnóstico e notificação, idade, sexo e região. Resultados: Neste período, foram diagnosticados 12.233 casos de HIV por transmissão vertical no Brasil, tendo uma média de 582,5 casos por ano (DP=173,8), onde a maior prevalência foi no ano de 2001, com 884 (7,2%) dos casos. Enquanto as notificações de transmissão do HIV, mostraram apenas 11.993 casos notificados, tendo média de 571 notificações por ano (DP=100,5), onde o ano de maior prevalência corresponde a 2005, com 762 notificações (6,3%). Quanto à faixa etária da notificação do HIV por transmissão vertical, observa-se que a faixa etária de 1 a 4 anos concentrou 4.329 casos (35,3%). Não houve tanta discrepância entre o sexo acometido, onde o feminino apresentou 50,5% dos diagnósticos. A região Sudeste liderou o ranking de diagnósticos com 38,6% dos casos. Assim, percebe-se que o número de casos de notificação ainda é menor que o número dos casos diagnosticados com HIV, uma vez que, a prática de notificação desses agravos ainda não é bem estabelecida nos serviços de saúde. Conclusão: O panorama da transmissão vertical do HIV no Brasil apresentou uma queda considerável nos números de casos desse agravo, contudo ao analisar os dados referentes ao diagnóstico e aos casos notificados, percebe-se uma discrepância entre esses números. Desse modo, torna-se clara a importância da realização de notificação dos casos de transmissão vertical nos serviços de saúde, por proporcionar um maior controle da problemática.