As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por microrganismos e podem ser transmitidas tanto por meio do contato sexual desprotegido, como por vias não sexuais, como da mãe para a criança durante a gestação, parto ou a amamentação. No Brasil, as bases para prevenção, diagnóstico e tratamento estão bem estabelecidas, como também seu modelo de vigilância epidemiológica. Dentre as estratégias do Ministério da Saúde que fazem parte do programa de controle de IST, destaca-se o fornecimento gratuito de testes rápidos (TR) a todos os estados e municípios brasileiros. Os TR devem estar disponíveis em todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a Atenção Primária à Saúde (APS) a “porta de entrada”. Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo relatar a experiência de residentes multiprofissionais em saúde da família e comunidade na realização de uma capacitação voltada à educação em saúde sobre TR em uma Unidade de Saúde da Família (USF) adstrita no município de João Pessoa-PB, tendo como público-alvo os seus profissionais de saúde. A capacitação buscou orientá-los sobre o que designa o fabricante dos TR utilizados na USF, considerando as boas práticas para garantir tanto a execução correta como a confiabilidade dos resultados. A proposta visou trabalhar no formato roda de conversa em quatro momentos. O primeiro, foi um espaço de troca de conhecimentos sobre o que todos conheciam dos TR. No segundo, houve a apresentação dos manuais dos fabricantes. O terceiro, foi voltado para a prática e momento tira-dúvidas na realização dos testes. No encerramento, os profissionais foram convidados a significar a experiência acerca da importância para a sua qualificação. A roda de conversa é uma estratégia importante para promoção da educação em saúde tanto para profissionais, quanto para os usuários. Nesta experiência percebeu-se que além das orientações acerca das implicações das boas práticas na execução e resultados dos TR houve também construção de vínculo entre equipe e residentes, mediante a possibilidade e a potencialidade em qualificar de uma forma dinâmica. Diante disso, é de suma importância que todos os profissionais executores de TR sejam orientados adequadamente quanto a importância de seguir corretamente os fluxos preconizados pelos manuais técnicos para o rastreamento e diagnóstico dos agravos, para assim, assegurar o que preconiza o SUS no que diz respeito a qualidade e resolutividade dos serviços prestados à população.