Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DO BRASIL
Relatoria:
José Iglauberson Oliveira dos Santos
Autores:
- Arthur Cesar de Melo Tavares
- Lorenna Emília Sena Lopes
- Victória Maria Franca Dantas Trindade
- Yasmin Anayr Costa Ferrari
- Carla Viviane Freitas de Jesus
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Em dezembro de 2019, em Wuhan, província chinesa de Hubei, surgiu uma síndrome respiratória aguda grave causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2, o qual ocasionou inúmeras internações associadas a quadros com graves complicações respiratórias por todo o mundo. O crescimento do número de casos levou ao aumento da procura por unidades de saúde, o que proporcionou uma maior demanda dos profissionais da área de saúde, em especial, profissional da enfermagem, tornando-se um grupo mais vulnerável à doença e, consequentemente, ao óbito. Objetivo: Avaliar a tendência da mortalidade de profissionais de enfermagem causada pela doença do coronavírus 2019 (COVID-19), no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, de séries temporais, com dados secundários, de óbitos em profissionais de enfermagem decorrente da COVID-19, que ocorreram entre março de 2020 a setembro de 2021. Para levante dos dados, realizou-se uma busca no Observatório da Enfermagem, site construído pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), para acompanhar o avanço da COVID-19. Além disso, para a realização da análise temporal, utilizou-se o modelo joinpoint regression analysis. Resultados: As taxas de mortalidade, apresentaram tendência decrescente, no período analisado comparado ao ano anterior. A tendência de mortalidade foi diferente entre categorias de enfermagem, com redução para todas as categorias, sendo observada as maiores taxas entre os enfermeiros, sobretudo com maior proporção no sexo feminino (67,59%), com faixa etária de 41 a 50 anos. Ao avaliar a tendência nas regiões brasileiras, o Norte foi o que apresentou a maior taxa de mortalidade, sendo a única região com tendência crescente. O Nordeste e Sudeste apresentaram redução da mortalidade, enquanto o Sul apresentou um período de crescimento seguido de uma redução. No centro-oeste observou-se quatro pontos de inflexão o primeiro crescente, o segundo com uma redução, o terceiro foi observado um aumento e no quarto período uma redução. Conclusão: Observou-se que os profissionais da área da enfermagem são mais vulneráveis e suscetíveis ao óbito pela COVID-19. A vulnerabilidade da equipe de enfermagem foi associada, principalmente, pelo contato direto com pacientes contaminados. Além disso, fica clara a relevância de realizar estudos acerca da temática, visto que esses estudos possibilitam a avaliação dos impactos da pandemia nessa classe que atuou na linha de frente de combate à COVID-19 no território brasileiro.