A enfermagem, atualmente definida como a ciência do cuidado, contribui tanto científica quanto socialmente com diversas inovações em suas especialidades. Nessa perspectiva, a grade curricular inclui disciplinas como semiologia e semiotécnica, que estão associadas ao entendimento dos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes e aos métodos do exame físico. É extremamente importante que haja oportunidades de treinamento em sala de aula e laboratórios, para garantir uma assistência adequada à população. No entanto, um dos maiores desafios são os altos custos dos modelos didáticos disponíveis no mercado. O objetivo deste estudo foi identificar estudos de avaliação e validação de modelos didáticos artesanais de baixo custo para acadêmicos de enfermagem e a população assistida. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, seguindo as etapas de formulação da pergunta norteadora, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos/amostragem, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa e síntese do conhecimento. A pergunta norteadora foi "Quais são as contribuições e limitações dos modelos semiológicos desenvolvidos artesanalmente e de baixo custo?". Os descritores utilizados foram Treinamento por Simulação, Tecnologia de Baixo Custo e Educação em Saúde, definidos a partir dos Descritores em Ciência da Saúde (MeSH/DeCS). Foram incluídos artigos publicados entre 2013 e 2023 que continham esses descritores no título, resumo ou texto. Artigos repetidos nas bases de dados, publicações apenas com resumo, revisões de literatura, reflexões e resenhas foram excluídos. A pesquisa foi realizada nas bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF, resultando em 18, 7 e 5 artigos encontrados, respectivamente. Nove artigos foram selecionados para o presente estudo. Na análise dos artigos, foi constatado que todos apresentavam construção de modelos didáticos de baixo custo e fidelidade (N=9), todos eles tinham relevância para o ensino da semiotécnica (N=9) e 22,22% auxiliavam no ensino em saúde (N=2). Além disso, 33,33% dos artigos mencionaram limitações dos modelos devido ao desgaste do material (N=3). Conclui-se, portanto, que modelos didáticos artesanais, mesmo de baixa fidelidade, são eficientes para o treinamento simulado e contribuem para a melhoria do aprendizado.