RESUMO: A ética é definidora do comportamento moral, mas, muitas vezes está desvinculada da prática do profissional de saúde. O mesmo pode acontecer no cotidiano da pesquisa acadêmica, principalmente quando o sujeito da pesquisa pertence a uma população vulnerável. Esses indivíduos estão sob maior risco de sofrerem danos devido a uma capacidade reduzida de proteger seus interesses. Portanto, ter a capacidade de equilibrar coerção, não maleficência e resultados significativos na pesquisa são importantes para a avaliação de um bom projeto. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência durante o seminário que abordou o tema: “pesquisa com grupos especiais – vulneráveis”. Método: Trata-se de um relato de experiência, de abordagem interdisciplinar, transversal, de caráter descritivo realizado durante a disciplina de Ética e Bioética em Pesquisa do Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão. Relato de experiência: Através da dinâmica ativa ‘árvore de causa e consequências’ adaptada, os alunos desenvolveram ideias criativas para identificar o problema e discutir ‘o caso Pfizer e os testes do antibiótico Trovan na África’. Organizaram as informações geradas sobre este, produzindo um modelo de relações causais centradas no problema. Os discentes puderam ainda debater como a saúde, ensino e pesquisa se relacionam com ética e moral. Dessa forma, possibilitando a reflexão e mudança de comportamento. Conclusão: Ao final, a turma conseguiu concluir que a participação em pesquisa é uma experiência valiosa que não deve ser negada a indivíduos ou populações simplesmente porque são vulneráveis. Entretanto, o pesquisador não deve selecionar para pesquisa apenas porque são acessíveis, abertas a manipulação ou coerção, ou incapazes de exigir benefícios justos.