Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO
Relatoria:
Ana Beatriz Pereira da Silva
Autores:
- Dhyanine Morais de Lima Raimundo
- Jocellem Alves de Medeiros
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Sífilis congênita é uma infecção de múltiplos sistemas, causada pelo Treponema pallidum e transmitida ao feto por via placentária, em qualquer momento da gestação. No ano de 2020 o Estado do Rio Grande do Norte apresentou uma taxa de 12,2 casos por 1.000 nascidos vivos, enquanto a média nacional foi de 8,5 casos a cada 1.000 nascidos vivos. Objetivo: Analisar a incidência de Sífilis Congênita no estado do Rio Grande do Norte, no período de 2008 a 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico com dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação; a taxa de incidência de SC foi calculada segundo a faixa etária da mãe, escolaridade, realização do pré-natal e esquema de tratamento da genitora. Resultados: As taxas de incidência de Sífilis Congênita no RN, de 2008 a 2018, resultaram numa média de 7,91 casos por 1.000 nascidos vivos, totalizando 3550 casos notificados. Em relação ao perfil clínico prevalente das mães, 51,7% (1831) estavam na faixa etária de 20 a 29 anos, no que diz respeito à escolaridade 35,3% (1252) possuíam apenas da quinta à oitava série incompletas, a maior parte delas realizou as consultas de pré natal, totalizando 81,6% (2898) dos casos, porém no âmbito do tratamento 70,3% (2494) foram considerados inadequados, por não serem feitos com o medicamento recomendado ou foram considerados incompletos. Considerações finais: Conclui-se que há uma sensível fragilidade quanto à assistência pré-natal, em vista das incidências crescentes no estado, além disso, aspectos sociodemográficos que circundam as crianças podem influenciar na vulnerabilidade quanto à Sífilis Congênita, seja relacionado à falta de instrução das genitoras quanto à falta de fatores protetores, ausentes nas camadas mais vulneráveis da sociedade. A partir disso, é possível inferir, pelo tratamento inadequado, a dificuldade considerável no tratamento do parceiro. Uma possível intervenção seria também a ampliação do pré-natal e a oferta de tratamento para sífilis na Atenção primária à Saúde, além da necessidade de uma educação permanente para os profissionais, em relação ao tratamento adequado da sífilis, como forma atingir os integrantes do público-alvo de forma eficiente de acordo com as suas especificidades, com estratégias de busca ativa e aumento das equipes e de cobertura da Atenção Primária à Saúde.