Introdução: A dependência química tem grandes impactos a saúde física e psíquica do indivíduo bem como ao seu entorno. Há perda do controle na administração da quantidade e frequência do uso de uma substância que levam a comportamentos de risco e vulnerabilidade. De acordo com a Classificação Internacional de doenças (CID), a dependência química é definida pela junção de sintomas cognitivos, fisiológicos e comportamentais, no qual indica que o indivíduo permanece usando uma substância. Nesse viés, em decorrência do uso abusivo e do número relevante de pessoas com dependência química, nota-se que é um problema de saúde pública e que necessita de atenção assistencial. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de enfermagem sobre a sistematização da assistência ao paciente com dependência química em uma comunidade terapêutica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado por discentes de um centro universitário de Teresina- Pi, a partir de uma visita técnica realizada em uma comunidade terapêutica, em novembro de 2022. Resultado e discussão: Os assistidos foram acolhidos e em seguida foi exercitada a escuta terapêutica, quando os usuários se sentiram à vontade para contar a sua trajetória enquanto dependentes químicos. Relatos das oportunidades perdidas, prejuízos causados a família e toda sua individualidade e papel social, que durante um período foram áreas que se encontraram desestabilizadas pela dependência. O atendimento contou com empatia e ética e interveio no estímulo ao encorajamento desses homens assistidos à conclusão do tratamento o que irá possibilitar a reinserção social livre do uso das drogas. Os discentes identificaram assistidos em diferentes momentos de recuperação, como em abstinência com sinais de fissura pela droga. Foi observado o componente espiritual como norteador de práticas e abstinência absoluta o que contrapõe a política de redução de danos vigente. A elaboração de atividades diárias de produção e recreação dentro da instituição com o intuito de minimizar os agravos físicos e psicológicos dos internos e sua ociosidade, garantindo autonomia e qualidade de vida ao paciente. Conclusão: evidenciou-se a importância do acompanhamento de profissionais de saúde para auxiliar no tratamento desses pacientes, sendo indispensável o olhar holístico e empático para contribuir com o tratamento e promover saúde enfatizando os benefícios do planejamento singular terapêutico para a dependência química.