Introdução: As doenças crônicas (DC) constituem problema de saúde que possui origem multifatorial, com uma longa duração e de tratamento contínuo, de prognóstico incerto. Desta forma, analisar o perfil epidemiológico do público infantojuvenil com DC permite criar estratégias para melhor adesão ao tratamento, o que diminui as complicações hospitalares e subsidiando a elaboração de políticas públicas que possibilitem uma melhoria da qualidade de vida desse público, além de ser arcabouço para ações educativas voltadas aos mesmos. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico e dados clínicos de crianças e adolescentes com doenças crônicas como ferramenta para planejamento de estratégias de educação em saúde. Metodologia: trata-se de um estudo transversal descritivo, desenvolvido com crianças e adolescentes diagnosticados com DC e seus responsáveis, que foram encaminhados ao serviço especializado para diagnóstico e tratamento de doenças. Foram incluídos pacientes menores de 18 anos e seus responsáveis, foram excluídos os com doenças agudas. Para coleta de dados foi utilizado um formulário com questões sociodemográficas e clínicas. Os dados foram duplamente digitados no software Epi Info e exportados para o Statistical Package for the Social Sciences, versão 20. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer nº 5.150.868. Resultados: A maioria das crianças e adolescentes eram do sexo masculino (52,3%), com idade média de 7,45 anos. Maioria dos responsáveis tinham apenas o nível fundamental. A renda familiar média foi de R$ 1.263,25 e a cor predominante foi parda. Maioria possuia familiar com DC. Houve prevalência das DC (87,2%), sendo câncer (81,33%) predominante. Outras doenças crônicas também foram identificadas, sendo a Síndrome de Down (4,0%), asma (2,6%) e as cardiopatias (2,6%). Considerações finais: Esse estudo possibilitou identificar as características epidemiológicas e clínicas das crianças e adolescentes internados no hospital de referência. Os resultados apresentam contribuição acadêmica e assistencial, pois fornece informações sobre perfil epidemiológico diante da condição crônica. Essas informações são essenciais para embasar estratégias que visem à melhoria da assistência, além disso, pode ser utilizado no que diz respeito a ações de educação em saúde, uma vez que caracteriza o perfil do público com DC e torna possível ações de forma focal para a conscientização da doença e consecutiva qualidade de vida dos pacientes.