Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
Práticas educativas para prevenir anemia ferropriva em crianças hospitalizadas com introdução alimentar tardia
Relatoria:
Bianca dos Santos Jeronimo
Autores:
- Lincon Ruan da Silva
- Thaynara Tavares Oliveira Ramos
- Abigail Victória de Sousa Biró
- Camila de Lima Inocêncio
- Juliana Andreia de Souza Fernandes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Dentre os fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento das crianças, a alimentação é uma preocupação constante na vida dos pais. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), até os 6 meses é indicado realizar apenas o Aleitamento Materno Exclusivo (AME), e a partir dessa idade, iniciar a alimentação complementar, com alimentos que contribuem para a melhor nutrição e o crescimento saudável infantil. Uma importante forma de prevenção de carências nutricionais devido a má alimentação, é a Educação em Saúde. Objetivo: Analisar o perfil de crianças hospitalizadas com introdução alimentar tardia para planejamento de práticas educativas para prevenção da anemia ferropriva (AF). Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado em um hospital público na cidade de Campina Grande, com crianças de 0 a 18 anos de idade. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer n° 5150868. Resultados: Obteve-se uma amostra composta por 101 indivíduos, sendo 44,6% do sexo feminino, com uma média de idade de 6,7 anos, no qual 59,4% se autodeclararam pardos. Em relação à escolaridade, cerca de 45,5% dos pais concluíram apenas o ensino fundamental, e 43,6% dos pacientes são analfabetos. A média para iniciar a introdução alimentar das crianças foi em torno de 6,7 meses. Em relação a duração do AME, foi obtida uma média de 4,5 meses, estando abaixo do que é preconizado pela OMS. Considerações finais: Embora a suplementação alimentar precise ser iniciada após os 6 meses, para um grande número de crianças a alimentação é introduzida tardiamente, tal fato pode levar a deficiências de micronutrientes, dentre eles o ferro, pois a partir dos 6 meses a reserva deste nutriente está depletada e precisa ser reposta com outros alimentos. A carência de ferro é um dos principais causadores da AF em crianças, uma vez que o ferro contribui para o transporte de oxigênio e está envolvido na síntese enzimática dos tecidos, quando reduzido prejudica o crescimento, favorece o surgimento de infecções e também diminui o aprendizado das crianças. Além disso, a descontinuidade do AME diminui os fatores protetivos proporcionados pelo leite materno e aumenta a probabilidade de desenvolvimento de doenças. A Educação dos pais enfatizando a importância de uma dieta que atenda às necessidades nutricionais da criança para um desenvolvimento saudável, bem como realizar o AME no tempo correto, é imprescindível para evitar carências nutricionais das crianças.