A pesquisa em questão teve como objeto de estudo, o custo humano no trabalho dos Policiais Militares do Estado do Rio de Janeiro. O custo humano no trabalho, vem a ser todo o dispêndio físico, afetivo e cognitivo desprendido na execução da tarefa laboral. Como objetivos de estudo: descrever as características sociodemográficas dos policiais militares no exercício da função de segurança pública na Região Metropolitana do Rio de Janeiro; analisar o custo humano na saúde física, mental e cognitiva dos policiais militares, da Região Metropolitana do Rio de Janeiro; discutir os principais aspectos do custo humano dos policiais militares da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, a partir das condições estruturais disponibilizadas pela instituição governamental.Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa. Amostra composta por policiais militares de ambos os sexos distribuídos entre as graduações (cabos, soldados, sargentos e subtenentes) e patentes (tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel), integrantes de uma população de policiais.Para determinar o tamanho da amostra foi utilizado o programa EPI-INFO na versão 7.2.2.16. O número total de indivíduos a serem pesquisados foi de 417 policiais.Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos. O primeiro, constituído de questões para a caracterização sociodemográfica, de saúde e laboral do entrevistado. O segundo é o Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). Entretanto, com intuito de atender ao objeto desse estudo, foi utilizado a subescala de avaliação do custo humano no trabalho que abrange cinco pontos; e analisa as exigências relativas ao trabalho por meio dos custos.Resultados: Na avaliação do fator Custo Humano, o Custo Cognitivo foi o mais exigido no contexto de trabalho dos policiais pesquisados. Por outro lado, o custo afetivo foi o único fator que apresentou classificação satisfatória em 4 facetas. Os outros fatores, apresentaram classificação crítica a grave pelos policiais militares.Considerações Finais:Os índices da EACHT, indicaram que os policiais apresentam alto risco de adoecimento, em virtude das altas demandas exigidas no contexto de trabalho, tendo relação direta com a organização do trabalho.