Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
Infodemia de Covid-19: Impacto na Saúde Mental de Idosos
Relatoria:
Richardson Miranda Machado
Autores:
- Tailane da Silva Barcelos
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Com a disseminação crescente do novo vírus COVID-19 e as estratégias para contê-lo, houve também uma disseminação exponencial de notícias, dificultando que as pessoas encontrem evidências críveis e informações confiáveis, bem como verifiquem a veracidade das informações divulgadas. A situação é preocupante, sobretudo com a população idosa, grupo que vem sendo considerado com maior vulnerabilidade física e emocional, associado à exposição excessiva de informações e desinformações, disseminadas por canais de comunicação. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e as repercussões da infodemia de COVID-19 na saúde mental dos idosos de Divinópolis - MG. Método: Estudo descritivo transversal pela técnica de entrevista da web-based-survey, com moradores de >=60 anos de idade, residentes na cidade de Divinópolis, que tiveram acesso às informações sobre COVID-19, através das mídias digitais. Os dados foram tratados com o Software JMP® PRO VERSÃO 13 e os recursos dos testes, Exato de Fisher, o teste não-paramétrico de Wilcoxon e o Índice de correlação linear de Pearson. Resultados: Participaram do estudo 381 idosos, 191 (50,1%) do sexo masculino, e 7 (1,89%) pessoas preferiram não declarar o sexo, com faixa etária concentrada entre 60-69 (69,3%) anos, 99 (28,6%) com ensino superior e especialização, casados 201 (52,8%), com residência própria 292 (76,7%) aposentados 273 (71,7%) e destes 64 (54,9%) possuem outro tipo de renda além da aposentadoria, não sofreram alterações de renda 273 (71,7%), utilizam serviços de saúde privado 238 (62,5%.) Que afirmaram terem sido expostos a informações sobre COVID-19 na última semana através da televisão 332 (87,1%), mídias sociais 226 (59,3%) e rádio 185 (48,6%). Foi possível observar uma diferença significativa (p-value < 0,05), na prevalência de sintomas de estresse em grupos do sexo feminino (p-value = 0,0029), sem acesso a serviços de saúde (p-value = 0,0405). Quando avaliado a prevalência de sintomas depressivos, foi possível observar, uma diferença significativa em idosos do sexo feminino (p-value = 0,0072), com idades concentradas entre 60-69 anos (p-value = 0,002), com menor escolaridade (p-value = 0.0005), que não possuem renda (p-value = 0.0043) e com maior tempo de exposição a televisão (p-value = 0,0264). A prevalência de ansiedade foi observada em idosos do sexo feminino (p-value = 0,0011) que residem com mais de 3 moradores (p-value = (0,0079).