Introdução: O Abuso Sexual Infantil (ASI) é uma grave questão de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). E o enfermeiro, chefe dos profissionais que integra a equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS), deve possuir o conhecimento necessário sobre a violência sexual em crianças para assistenciá-las com plenitude. Objetivo: Evidenciar o papel do enfermeiro na assistência às vítimas de abuso sexual infantil. Método: Trata-se de uma revisão integrativa descritiva, a partir da identificação do tema e seleção da questão norteadora da pesquisa “A importância do profissional de enfermagem nos casos de abuso sexual infantil”. A coleta ocorreu na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde com o uso de descritores booleanos. A pesquisa foi feita apenas no meio virtual, não necessitando aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram analisados e interpretados à luz da literatura que respalda este estudo e por meio da análise de conteúdo. Resultados: As pesquisas resultaram 1081 artigos, dos quais apenas 2 apresentavam como tema principal a assistência de profissionais da saúde na violência sexual infantil. Foram selecionados 2 artigos para o estudo em questão. A partir da pesquisa foi identificado fragilidades a respeito do conhecimento do enfermeiro no combate ao ASI, bem como foi demonstrado que o medo e a negligência são fatores que impedem as notificações e denúncias. Conclusão: Os resultados deste estudo chamam a atenção para a necessidade do enfermeiro exercer seus deveres com plenitude na assistência às vítimas de abuso sexual infantil. Sugere-se que as instituições formadoras incluam em seus projetos pedagógicos o tema abuso sexual infantil em componentes que tratam da assistência materno-infantil, da saúde coletiva e do exercício da enfermagem para qualificar, durante o período acadêmico, o enfermeiro para o diagnóstico da violência intra e extrafamiliar e o cuidar da criança e de seus familiares.