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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
Atendimento em enfermagem a paciente surdo e/ou mudo em uma sala de vacinação
Relatoria:
Ana Maria Miranda Fontenele
Autores:
  • Carolina Chaves de Alexandrino
  • Viviane Mamede Vasconcelos Cavalcante
  • Giovanna de Oliveira Gildo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A comunicação entre pacientes e profissionais é um dos principais aspectos que promovem a integralidade, equidade e universalidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Neste aspecto, a assistência em saúde para pessoas surdas e/ou mudas podem enfrentar barreiras de acesso, à medida em que há o desconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), enquanto sistema linguístico, cuja fonte de expressão e comunicação é de origem visual e motora por boa parte dos profissionais de saúde. Uma cultura não inclusiva no âmbito dos atendimentos de saúde distanciam esses pacientes e favorecem o aumento de eventos adversos e insegurança na assistência de enfermagem. Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem no atendimento a um paciente surdo e mudo no contexto de uma sala de vacina na atenção primária à saúde. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado por alunas do curso de enfermagem na sala de vacinação, em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde em junho de 2023. Durante a vacinação são coletadas informações como dados pessoais, histórico vacinal e doenças. Na oportunidade, houve o atendimento a um paciente surdo e mudo que evidenciou a dificuldade na coleta de informações necessárias em decorrência da limitação na comunicação do binômio profissional-usuário. Como alternativa, utilizou-se os conhecimentos adquiridos através de uma disciplina de libras, que por ser superficial e optativa, não efetivou a comunicação. Assim utilizou-se o celular, no qual os textos foram digitados e desse modo as informações coletadas. Notou-se que o usuário não tinha cadastro no posto e nem cartão vacinal, tornando o atendimento mais complexo. Além disso, é necessário um maior aprofundamento em libras. As acadêmicas puderam inferir que o celular é uma ferramenta que pode facilitar a comunicação, mas o desconhecimento das libras e a não obrigatoriedade do ensino dessa língua durante a graduação, proporciona a dificuldade de acesso da população em questão aos serviços de saúde. A dificuldade vivenciada pelas estudantes despertou curiosidade e interesse em aprender o idioma, a fim de ofertar uma melhor assistência e assegurar os direitos de acesso à saúde que esses pacientes possuem. Diante disso, tornam-se necessárias capacitação dos profissionais e acadêmicos de saúde em libras, a fim de promover um diálogo bem sucedido e um atendimento de qualidade para essa comunidade vulnerável.