Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
MORTALIDADE DE PESSOAS IDOSAS POR DOENÇA DE ALZHEIMER NO BRASIL
Relatoria:
gabriel da silva do nascimento
Autores:
- Joana Darc Chaves Cardoso
- Rosemara Andressa da Silva Rocha
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é considerada um grande problema de saúde pública global. Trata-se de uma doença neurodegenerativa crônica com condições multifatoriais que causam degeneração neuronal generalizada e perda sináptica, resultando em atrofia cerebral difusa. Essa doença afeta o pensamento, a orientação, a compreensão, a capacidade de aprendizagem e o julgamento da pessoa. Atualmente, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência no mundo. Objetivo: Avaliar a mortalidade dos idosos com Doença de Alzheimer no Brasil no período de 2008 a 2021. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo com análise quantitativa, em que foram utilizados dados secundários provenientes do Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS). Os dados foram extraídos entre março e abril de 2023 e posteriormente analisados de forma descritiva. Resultados: Foram registrados 230.149 óbitos no período analisado. Os óbitos foram crescentes em todos os anos para ambos os sexos, sendo que em 2019, houve maior número de óbitos (2.538). O menor número de óbitos foi em 2020 (683 óbitos). A maioria das pessoas idosas que morreram por DA eram mulheres (64,60%), estavam na faixa etária de 80 anos e mais (75,10%), de cor/raça branca (75,97%), tinham um a três anos de escolaridade (34,29%) e era viúva (53,77%). Ao considerar a estratificação por sexo, os anos que exibiram maior aumento no número de óbitos entre as mulheres foram 2019 (1.574 óbitos a mais que 2018), 2010 (1285 óbitos a mais que 2009) e em 2014 (1188 óbitos a mais que 2013). Entre os homens, as frequências foram superiores nos anos de 2019 (964 óbitos a mais que 2018) e 2010 (559 óbitos a mais que 2009), exceto em 2016 em que foram registrados 555 óbitos a mais que em 2015. Com relação ao local de ocorrência dos óbitos, a maior frequência se deu no ambiente hospitalar (58,41%). Considerações finais: Houve aumento gradativo do número de óbitos entre os idosos com DA entre 2008 e 2021, totalizando 230.149 óbitos. A mortalidade foi maior em pessoas idosas do sexo feminino, cor branca/raça, com baixa escolaridade e que estavam na faixa etária de 80 anos e mais. Acredita-se que intervenções específicas possam ser desenvolvidas para prevenir as complicações que levam os idosos a necessitar de internação e, frequentemente, são responsáveis por sua morte.