Introdução: A circulação sustentada de dengue tornou a doença endêmica em nosso meio, causando elevados números de casos no pais. Já a Chikungunya adentrou o país em meados de 2014 e até hoje causa surtos, tendo ocasionado duas grandes epidemias no país em 2017 e 2022. Ambas podem ter sintomas que confundem a clínica e quando somadas à gestação, podem ser transmitidas ao feto por via placentária e gerar drásticas consequências. Objetivo: O objetivo do trabalho foi relatar caso de Gestante com infecção aguda por dengue e chikungunya, com desfecho de pré-eclampsia e hemorragia pós-parto. Considerações e discussão: gestante , 35 anos, primigesta, apresenta infecção aguda com quadro de febre, artralgia e mialgia, alteração de níveis pressóricos, necessitou de internação, onde percebeu-se elevação de enzimas hepáticas, plaquetopenia e elevação de LDH. Resultando em parto de emergência e hemorragia pós-parto maciça. Após suspeição e realização de exames sorológicos foi constatado que a gestante estava com codetecção por dengue e chikungunya (IgM reagente por meio de ELISA). O quadro de dengue aguda, com coinfecção por chikunguya gerou quadro de pré-eclâmpsia e hemorragia pós-parto. Após conduta oportuna, gestante e RN seguiram bem e em alta. A abordagem ao relato de caso julgou-se relevante, para a contribuição ao âmbito assistencial, devido a carência na literatura sobre a coexistência de tais condições. Esse relato de caso de codetecção de dengue aguda e infecção por chikungunya em gestante serve para alerta da vigilância epidemiológica onde co-circulam essas arboviroses, uma vez que sua infecção durante o período gestacional pode ocasionar sérios danos à mãe e a criança, chegando até ao óbito.